Diagnóstico portátil

Plataforma criada por investigadores portugueses deteta tuberculose em 90 minutos

23 de dezembro de 2018 às 08:22
A ‘Nano4 Global’ deteta doenças como a tuberculose Foto: Direitos Reservados
Alexandra Fernandes mostra como funciona Foto: Direitos Reservados
A plataforma foi desenvolvida na Universidade Nova de Lisboa Foto: Direitos Reservados

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Foi a pensar nas zonas mais remotas do globo, como hospitais em África, que três portugueses criaram a Nano4 Global. O objetivo é lançar no mercado uma plataforma de nanodiagnóstico portátil que consegue detetar várias doenças, entre as quais o vírus Zika e a tuberculose, em apenas 90 minutos.

Basta um frasco com uma solução produzida em laboratório e uma amostra retirada do doente. Mistura-se uma gota da solução com a amostra "e se for positiva ficamos com uma cor vermelha", explica Alexandra Fernandes, da Nano4 Global.

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Até chegarem a este método foram necessários vários anos de investigação na Universidade Nova de Lisboa. Para além da solução inovadora, que pode ser ajustada para detetar uma grande variedade de doenças, a robustez dos resultados faz deste nanodiagnóstico uma alternativa fiável aos métodos convencionais.

Para já, a aposta é no diagnóstico da tuberculose porque "é um problema global que necessita de uma abordagem simples e rápida", alerta Pedro Baptista, outro dos elementos da empresa. Com a ajuda de 1,4 milhões de euros do programa Horizonte 2020 da Comissão Europeia, a Nano4 Global vai equipar um laboratório de produção industrial deste sistema portátil. Filipe Assoreira, também da Nano4 Global, acredita que dentro de "dois anos, o teste está no mercado de uma forma robusta e extremamente profissional".

Esta empresa portuguesa pretende revolucionar a indústria dos diagnósticos clínicos e já está a aventurar-se além-fronteiras no mercado angolano e brasileiro.

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