EM CARNE VIVA

Esta rapariga nasceu para brilhar. Foi bebé centenário, “mascote” da Playboy e protagonista de um filme porno que correu mundo. Agora vai retirar-se para se tratar da Hepatite C. A culpa é do ex-marido, diz ela.

02 de agosto de 2002 às 19:58
EM CARNE VIVA
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George Bush não encontraria melhor embaixadora para a sua campanha a favor da castidade – “Vou ser virgem pelo menos até fazer 19 anos”, escreveu Pamela Denise Anderson, a banhista mais famosa da série Marés Vivas, no seu diários de adolescente. Ninguém sabe se cumpriu a promessa, mas o facto é que a sua vida adulta não tem nada de puritano.

A mulher com as “maminhas” (o “inhas” é uma força de expressão!) mais cobiçadas do showbiz americano foi cinco vezes capa da revista Playboy - mais do que alguma outra na história da revista – e estrela de um filme porno que correu mundo.

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A “fita” mais não era do que uma testemunho da vida sexual do casal para consumo interno, e até hoje ninguém sabe como é que foi parar à maior rede de comunicação do mundo, a Internet. Pelo caminho, a Penthouse fez uma cópia fiel do “documentário”, que até há bem pouco tempo era vendido por 30 dólares (menos de 29 euros).

Certo é que a popularidade da jovem Pam disparou em flecha e que as notícias do seu polémico casamento com o baterista dos Motley Crue redobraram. Mas a união do casal possuiu sempre os ingredientes necessários a uma boa “telenovela”. Pam conheceu Tommy no reveillon de 1994 – numa festa em Nova Iorque – e reza a história que o rapaz mal a viu foi direito a ela e lambuzou-a toda com um beijo.

A partir daí, nunca mais a largou com telefonemas e convites insistentes, que ela recusou ou desmarcou sempre. Mas o músico nunca se deu por vencido. A sorte chegou quando um dia, ao descobrir que a estrela de TV ia gravar um anúncio para a sua linha de protectores solares em Cancun, México, fez as malas e foi atrás dela.

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Ao fim de quatro dias de grandes noitadas, os dois disseram o sim numa cerimónia nucpcial na praia – daquelas que tantas “vítimas” têm feito por aí. Pam recebeu o seu eleito de biquini, enquanto ele trajava um simples calção de praia. Mais tarde, quando regressaram a Nova Iorque, mandaram tatuar os respectivos nomes no dedo anelar da mão esquerda, o tal onde se colocam alianças.

O idílio nunca foi perfeito e as discussões do casal tornaram-se famosas, sobretudo porque envolviam cenas de pancadaria. Os dois acabaram por se separar definitivamente em 1998 e Pamela mantém, até hoje, uma batalha judicial pela custódia dos dois filhos – Brendon e Dylan (de quatro e seis).

Mesmo depois do divórcio, ficaram-lhe amargas recordações: há poucos meses revelou sofrer de Hepatite C, doença que a vai obrigar a submeter-se a um duro tratamento, cujas consquências visíveis passam, nomeadamente, pela queda de cabelo.

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Numa entrevista recente ao apresentador norte-americano Larry King, Pamela voltou a acusar o marido de a ter contaminado e garantiu que se vai tratar por causa dos filhos.

Super-bebé

Pamela Denise Anderson estava predestinada ao sucesso. A menina veio ao mundo em Ladysmith, British Columbia, Canadá, a 1 de Julho de 1967, dia do centésimo aniversário do país. Por causa dessa “pontaria”, os pais receberam vários prémios e a garota ganhou o cognome de “bebé centenário”. Filha de um técnico de reparações e de uma empregada de mesa, Pam foi sempre uma menina rebelde mas cheia de aspirações, muitas delas alimentadas pelo avô materno, um excêntrico e visionário.

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Especialmente bem constituída e dotada para o desporto – era uma exímia jogadora de voleibol – ganhou a alcunha de mulher-elástica.

No seu livro de curso ficaria registado que a sua ambição de vida era tornar-se numa “boazona” das praias da Clifórnia. E acertou!

A sorte voltou a bafejá-la quando se mudou, com a família, para a cidade de Vancouver, ainda no Canadá. Foi aí, durante um jogo de futebol americano, que a fama se abeirou outra vez dela. Vestida com uma t-shirt justa de uma marca de cerveja, a Labatt´s, Pamela caiu na mira de um operador de camera e quando a sua imagem apareceu projectada num ecrã gigante, o estádio rompeu em assobios e palmas.

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Semanas depois estava a assinar um contrato com a Blue Labatt´s, tornando-se na imagem de marca da companhia. A campanha foi tão popular que não tardaram a surgir outros convites publicitário, nomeadamente da marca de jens Lee.

Daí até à capa da Playboy foi um salto e Pamela Anderson ainda hoje é recordita de capas naquela publicação. A sua estreia na na nudez aconteceu em Outubro de 1989 e, semanas depois, já estava a ser contactada por diversos produtores de TV, que lhe propuseram participações em pequenas séries. A mais determinante para a sua carreira chamava-se Home Improvement, (Obras em casa) mas foi com Baywatch (Marés Vivas) – que passou em cerca de 140 opaíses, entre os quais o nosso – que abraçou a fama.

Fitas e silicone

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À semelhança do que acontece com muitas meninas bonitas, Pamela Anderson deixou-se seduzir pelo cinema mas este nunca lhe proporcionou grandes alegrias. A rapariga acabou por desistir, regressando ao pequeno ecrã como estrela do seu próprio show de televisão – numa série onde desempenhava o papel de um escultural mas pouco inteligente detective. Ainda assim, a "mascote" da Playboy entrou em meia dúzia de películas, que acabaram nas prateleiras dos vídeo-clubes.

Insatisfeita, Pamela experimentou ainda a escrita – lançou uma biografia picante, Pamdemonium, onde se entreteve a descrever o ambiente “cascavel” de Hollywood.

Já depois de ultrapassar a barreira dos 30, decidiu desfazer-se de um pouco da substância que mais contribuiu para o seu sucesso: o silicone. Na altura, afirmou que estava farta de ser apenas um busto e pretendia relançar a sua carreira, deitando mão a outros predicados.

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Mas não se pense que Pam ficou a vestir o número 32 de soutien. Quem a tenha visto nos últimos meses, ao lado do novo amor, o músico Kid Rock, percebe que aquele peito ainda tem muito para onde se olhar. Estão pois tranquilos os fãs da menina – que é uma das mais requisitadas figuras públicas da Internet (só no Yahoo tem mais de 25 clubes de fãs).

Mas agora que veio a público falar sobre a sua doença, Pamela vai ter que repensar o seu percurso.

A sex-symbol acusa o ex-marido — o tal que a sovava — de lhe ter estragado a vida, ao infectá-la com Hepatite C, e assegura que tudo aconteceu por causa da tronca de seringas que o casal utilizava para se tatuar.

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Verdade ou consquência, certo é que ela vai viver um mau bocado. Preparada para deixar de ser a loura despreocupada e experimentar o papel de corajosa? Oxalá.

PAMELA ANDERSON

Data nascimento:

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1 Julho de 1967

Local: Ladysmith, Canadá

Signo: Caranguejo

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Altura: 1,67 m

Cor dos Olhos: Verdes

Cor do Cabelo: Louro

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Casamentos: Tommy Lee

Namorados: Entre outros, Silvester Stallone (actor), Dean Cain (herói da série Superman), Scott Baio (actor de TV norte-americano), Markus Schenkenberg (modelo internacional) e Kid Rock (cantor)

Séries: V.I.P. (1998); Baywatch: Forbiden Paradise (1995); Came Die With Me (1994); Baywatch (1992/97); Home Improvment (1991/93)

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Filmes: Barb Wire (1996); Naked Souls (1995); Raw Justice (1994); Snapdragon (1993); The Taking of Beverly Hills (1992)

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