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Artigo exclusivo

As mulheres que acompanharam os militares em África

Eles foram combater mas, em muitos casos, elas foram também, não resistindo às saudades e sem medo daquela guerra longínqua.

28 de julho de 2021 às 12:00

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na Maria nasceu em Macequece, província de Manica, em Moçambique, em 1941, filha de pai militar, na altura capitão, em plena II Guerra Mundial. “Ele dizia que estava a guardar uns rios porque os japoneses eram aliados dos alemães e tinham medo que os japoneses quisessem tomar Moçambique. Colocaram-no em Manica e levou a família com ele, a mulher e um filho, meu irmão mais velho.” E antes dele também o pai, avô de Ana Maria, militar da Marinha, lá estivera durante a I Guerra Mundial (também ele com a mulher e três filhos pequenos). Por isso foi sem surpresa que Ana Maria – que se casou com Rui, tenente de Infantaria, em 1960 – não hesitou em seguir o marido assim que rebentou a guerra em Angola, um ano mais tarde, e ele foi mobilizado. “Estava grávida de cinco meses quando o meu marido partiu e fui ter com ele em setembro, antes de a minha filha mais velha nascer. Sabia que ele estava em Nambuangongo [na região dos Dembos, Norte de Angola, onde mais se faziam sentir os ataques da União das Populações de Angola (UPA)], aquela zona horrível, mas eu quis ir na mesma.” Tinha 20 anos quando viajou no paquete Príncipe Perfeito na companhia da mulher e da filha de um irmão do pai, também militar, com quem ficou a viver.

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