Chegou a Portugal em 1942, de passagem, mas aqui ficou até morrer, em 1955. Trata-se de Calouste Sarkis Gulbenkian, um filantropo de origem arménia que pelo amor à arte, à ciência, à educação e às causas sociais deixou, há 50 anos, um precioso legado a Portugal e ao mundo.
Quando Calouste Sarkis Gulbenkian saiu de Paris em Abril 1942 – onde desde 1939 desempenhava o cargo de Cônsul do Irão – fugindo à turbulenta II Guerra e fez escala em Lisboa, não sabia que o seu nome ficaria perpetuado no tempo, nem que aquela escala seria até ao fim da vida.
Amante das artes e letras, da ciência e do belo, filantropo assumido, com uma impressionante colecção de arte e detentor de uma vasta fortuna, Calouste Gulbenkian decidiu deixar o seu vasto legado a Portugal (ver caixa). Uma ano após a sua morte, a 18 de Julho de 1956, nasceu aquela que é considerada a maior fundação portuguesa e que agora comemora o seu 50.º aniversário.
A FUNDAÇÃO TEM DADO UM EXTRAORDINÁRIO CONTRIBUTO
Desde o primeiro momento e até 1993, José de Azeredo Perdigão presidiu a esta Instituição. Foi sucedido por Ferrer Correia (até 1998), Sá Machado (1998/2002) e desde 2002 que Rui Vilar preside o conselho de Administração.
O actual presidente fala, com orgulho, deste marco cultural: “A Fundação tem dado um extraordinário contributo para o desenvolvimento da sociedade portuguesa em todas as áreas da sua intervenção e raros terão sido os sectores onde não teve, directa ou indirectamente, alguma influência” (ver caixa com entrevista).
No longíquo Verão de 1956, a 26 de Junho, assinou-se o contrato da compra do terreno.Os estatutos da Instituição viriam a ser reconhecidos escassos dias depois, a 18 de Julho, e publicados em Decreto-Lei.
A sede e o museu da Gulbenkian foram imaginados por um trio de arquitectos: Alberto Pessoa, Pedro Cid e Ruy Athouguia e oficialmente inaugurados em 1969. Mais tarde, em 1983, foi construído o Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão (CAM).
Nestes 50 anos de vida, a Fundação tem desenvolvido um trabalho a nível nacional e internacional apoiando sistematicamente todas as áreas sociais. Logo na inauguração, o Museu Gulbenkian exibia ao público uma preciosa colecção de arte de seis mil peças, legado do seu fundador.
Calouste Gulbenkian coleccionou obras de arte a vida toda e classificava-as, isto é, tinha notas e apontamentos pessoais sobre cada uma das peças. Adquiria objectos de arte aqui e ali, mas o ponto alto desta colecção aconteceu quando, entre 1929 e 1930, conseguiu comprar uma vasto leque de obras ao Museu do Ermitage, em São Petersburgo, Rússia.
‘O GOSTO DO COLECCIONADOR’
Uma exposição temporária intitulada ‘O Gosto do Coleccionador’ estará patente ao público, entre 19 de Julho e 8 de Outubro, no Museu Calouste Gulbenkian, e ali o espectador poderá apreciar o espólio deste filantropo, composto por obras de numismática, escultura, pintura, desenho, tapeçaria e mobiliário, vidros, livros, jóias, desenhos....
BOLSAS DE ESTUDO
As Bolsas de estudo são um dos maiores contributos directos desta instituição. Estes subsídios nasceram logo a 18 de Julho de 1956 e contemplaram milhares de portugueses. Bolsas de curta ou longa duração, para cursos, mestrados, doutoramentos ou aperfeiçoamentos.
As primeiras foram atribuídas nesse mesmo ano e usufruídas a partir de 1 de Janeiro de 1957. Logo em Janeiro de 1957, Narana Coissoró tornou-se um dos primeiros bolseiros desta Instituição e foi assim que conseguiu tirar uma pós-graduação em Direito Africano e um Ph.D (um doutoramento) na Universidade de Londres.
Esta bolsa prolongou-se até Março de 1960. Mas há outros casos e outros tipos de bolsas e bolseiros que, ao longo destes 50 anos, aperfeiçoaram técnicas e conhecimentos graças à Gulbenkian. Entre eles destacam-se nomes como Barbosa de Melo (antigo Presidente da Assembleia da República), Cavaco Silva (Presidente da República) João Viera Mendes (dramaturgo), João Mário Grilo (realizador), Luís Miguel Cintra (encenador), Graça Morais (pintora), Vasco Wellecamp (bailarino e coreógrafo), João Paulo Santos (maestro e pianista), Pedro Magalhães (Sociólogo/Politólogo.
‘ORQUESTRA GULBENKIAN'
Em 2005, a Fundação Calouste Gulbenkian disponibilizou uma verba de sete milhões de euros nestas bolsas e cerca de 15 milhões de euros em subsídios nas áreas da música, da dança, das artes, das letras e actividades beneméritas, ou seja, o ano passado, foram dispensados 22 milhões de euros nestas actividades.
Além das bolsas, a Fundação empenhou-se, após o seu nascimento, em 1956, em causas nobres como as bibliotecas itinerantes (ver caixa) que durante 44 anos permitiram residentes de 1800 localidades portuguesas ler livros de todos os géneros e adaptados a várias faixas etárias.
Também a música foi um factor primordial: em 1962, um grupo de 12 elementos integrava aquela que viria a ser designada pela ‘Orquestra Gulbenkian’, um grupo aplaudido internacionalmente e que se mantém hoje.
NO ÂMBITO INTERNACIONAL
E praticamente desde o seu nascimento, a Gulbenkian criou um Serviço das Comunidades Arménias, em homenagem ao seu fundador e que, entre outras actividades, visa apoiar as carências do hospital St. Sauveur em Istambul, Turquia, a instituição mais antiga do mundo arménio e na qual se encontra o mausoléu da família Calouste Gulbenkian.
Incentiva ainda a educação através da oferta de material informático, por exemplo, as artes, e atribui bolsas de estudo a estudantes arménios. A Fundação presta ajuda ainda no âmbito da educação, da ciência, da arte e da tecnologia, quer no mundo arménio, quer em outros países, nomeadamente em França e em Inglaterra onde tem sede própria.
Em Paris, a Calouste Gulbenkian está, inclusivamente, sediada num antigo palácio que outrora serviu de residência ao seu fundador. “O Centre Culturel de Paris tem a maior biblioteca portuguesa na Europa, fora de Portugal”, realça Rui Vilar.
E prossegue: “A Fundação tem apoiado os países lusófonos e o património português espalhado pelo Mundo, além do incentivo à criação de centros de investigação e ensino, em ligação com a defesa da língua e da cultura portuguesas”
AS ACTIVIDADES
Além de um vasto tesouro artístico e da proliferação de curiosas exposições temporárias que o Museu e o Centro de Arte Moderna desta Fundação acolhem, a Gulbenkian é também conhecida dentro das actividades culturais pelo seu leque de concertos de fim de tarde – sobretudo de música clássica – pelo programa ‘Jazz em Agosto’ e, até 2005, pelas perfomances do Ballet Gulbenkian que com grande polémica e divisão de opiniões acabou por ser extinto.
A Fundação organiza também periodicamente ateliês e actividades dedicadas aos mais novos e tem à disposição do grande público a Biblioteca de Arte – frequentada maioritariamente por estudantes universitários – e a Biblioteca do Centro Cultural.
No campo de Ciência e seguindo os desejos do fundador, Azeredo Perdigão inaugurou, em 1961, o Instituto Gulbenkian da Ciência, com sede em Oeiras.
Ali, cientistas portugueses têm oportunidade de desenvolver o seu trabalho em áreas vastas distintas como a Imunologia, a Genética, a Epidemiologia Teórica, A Biologia Molecular Vegetal, a Diferenciação Celular, entre variadíssimas outras.
EM APENAS DEZ ANOS
A Fundação Calouste Gulbenkian vou reduzido para metade o seu número de efectivos. Actualmente conta com 544 funcionários espalhados pelos diversos pelouros. Além de terem um seguro de saúde e um plano de pensões, os funcionários podem, através da associação de pessoal, pôr os filhos e às vezes netos numa creche e infantário que fica nas imediações da Fundação.
Mas o incentivo mais importante prende-se com os estudos, ou seja, os funcionários que decidirem continuar a estudar são motivados a fazê-lo e recebem um acréscimo mensal no seu salário.
Recorde-se que a Fundação Calouste Gulbenkian nasceu em 1956, isto é, em 50 anos de vida acompanhou, sem sofrer alterações nas suas missões, as mudanças estruturais de Portugal: a crise social de Maio de 1968, o 25 de Abril, as crises petrolíferas de 1973 e de 1979 e a adesão de Portugal em 1986 à então designada Comunidade Económica Europeia.
Perante esta realidade, é seguro dizer que a Fundação que mudou Portugal continuará a fazer história nos próximos 50 anos.
BIBLIOTECAS ITINERANTES: UMA FORMA DE LEVAR AS LETRAS AO PAÍS
44 ANOS NO PAÍS
As primeiras bibliotecas itinerantes nasceram em 1958 fruto de uma iniciativa da Gulbenkian. Começaram por ser 29 carrinhas a percorrer o País e levar as letras quinzenal ou mensalmente a todos os cidadãos. Em poucos anos, aumentaram para 38 estas bibliotecas. Serviam, até 2002, perto de 1800 localidades.
CALOUSTE SARKIS GULBENKIAN, UMA APIXONADO PELA ARTE, PELA CIÊNCIA E PELAS CAUSAS SOCIAIS
BIOGRAFIA DO FILANTROPO
Calouste Sarkis Gulbenkian nasceu a 23 de Março de 1869, em Scutari, Istambul, Turquia e era descendente de uma ilustre família tradicional arménia. Tornou-se financeiro e filantropo e estudou em Londres. Aliás, em 1902 naturalizou-se como cidadão britânico.
Dedicou-se à indústria petrolífera e, como era apaixonado pela arte, durante mais de três décadas reuniu umas das maiores e mais famosas colecções de arte particulares do mundo. Em 1939 foi nomeado Cônsul do Irão em Paris, França. Mas em 1942 – face à II Guerra – faz escala em Lisboa de onde deveria partir para Nova Iorque.
No entanto, adoece, é tratado por médicos portugueses e acaba por se instalar em Lisboa, primeiro no antigo Hotel Avis e depois numa residência. Fica entre nós até morrer, aos 86 anos, a 20 de Julho de 1955. Entretanto, em Portugal oferece algumas obras de arte ao Museu Nacional de Arte Antiga e cria uma Fundação com fins filantrópicos, artísticos, educativos e culturais mas com uma condição: a Fundação deve arrancar apenas após a sua morte.
É à Fundação que deixa todos os seus bens e rendimentos, onde se englobam além das obras de arte, as acções das indústrias petrolíferas. E assim, um ano depois da morte deste homem, a 18 de Julho de 1956, é inaugurada a Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Em Paris existe um Centro Cultural instalado num antigo palácio que outrora pertenceu a Calouste Sarkis Gulbenkian.
DATAS ESPECIAIS
1955 - Morre, a 20 de Julho, Calouste Gulbenkian deixando instruções para que seja edificada uma Fundação.
1956 - No dia 18 de Julho, os estatutos da Fundação são aprovados através do Decreto-Lei 40/690.
1957 - No dia 1 de Janeiro, as primeiras bolsas de estudo são usufruídas.
1958 - 29 bibliotecas intinerantes começam a percorrer o País.
1961/62 - Criação do Instituto Gulbenkian da Ciência e da Orquestra.
1965 - Nascimento do BalletGulbenkian com projecção internacional.
1969 - Inauguração oficial da sede e do Museu, em Lisboa.
1983 - Nasce o Centro de Arte Moderna José Azeredo Perdigão.
1993 - Azeredo Perdigão retira-se e é substituído primeiro por Ferrer Correia, depois por Sá Machado (1998) e em 2002 por Rui Vilar.
2001 - O Serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura e o ACARTE, Serviço de Animação, Criação Artística e Educação pela Arte são extintos.
2005 - 40 anos depois do seu nascimento, o Ballet Gulbenkian chega ao fim.
EM DISCURSO DIRECTO
RUI VILAR, PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN FALA DESTA INSTITUIÇÃO
Rui Vilar, antigo ministro em 1974/75 e 78, é presidente do conselho de administração da Fundação Calouste Gulbenkian desde 2002, cargo que acumula com o de vice-presidente do European Foundation Centre (EFC).
Numa curta entrevista à Domingo falou abertamente sobre a importância desta Instituição na sociedade portuguesa e também da projecção e parcerias internacionais desenvolvidas entre a Gulbenkian e o resto do mundo.
- Como caracteriza a Fundação Calouste Gulbenkian?
- A Fundação Calouste Gulbenkian é, desde 1956, um exemplo de modernização e de abertura, sobretudo quando o regime político da época encarava a cultura, a ciência e a educação com severas limitações. Foi um agente pioneiro no progresso, na actualização e na inovação tecnológica das práticas da saúde, na investigação científica e em todos os domínios das artes e na promoção do livro e da leitura. A sua matriz essencial continua a ser a de uma instituição independente do poder político e do poder económico, regida por normas de qualidade e de rigor que resultam numa prática de integridade que os cidadãos sentem e reconhecem quando com ela contactam. E assim continuará a ser em todas as áreas, na arte, na ciência, na educação e na saúde e desenvolvimento humano
- Que alargamento está previsto no âmbito do Serviço Internacional?
- Ao longo destes 50 anos, a Fundação interveio em 120 países, em todos os continentes, através da concessão de subsídios ou de apoios. Em primeiro lugar, a Fundação está presente na delegação do Reino Unido, em Londres, e em Paris através do seu Centro Cultural. Ainda no exterior, a Fundação integra o Centro de Europeu de Fundações, onde sou vice-presidente, e presido ao Comité ‘Europe in the World’. Participamos também na ‘Network of European Foundation’, em particular, nos assuntos ligados às migrações e vamos participar também na iniciativa da União Europeia, prevista para 2008, de celebração do Ano do Diálogo Intercultural. No entanto, considero que apesar de todas estas relações, devemos caminhar para contactos cada vez mais multilaterais, em nome da eficácia da nossa intervenção. Não faz qualquer sentido que o combate às pandemias, por exemplo, se faça isoladamente ou apenas a partir do relacionamento país a país. Num mundo globalizado, a tendência terá de ser a de trabalharmos em rede, aumentando os parcerias internacionais.
- Que marca gostaria de deixar na Fundação?
- Uma instituição suficientemente flexível para estar apta à mudança e suficientemente inovadora para construir a mudança.
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