Jane Fonda fez ontem 65 anos. Correm rumores de que a mítica ‘Barbarella’ pode voltar à sétima arte. O ideal era juntar a família toda num só filme. Histórias não faltam.
Se na política os Kennedy continuam a ser o ‘exemplo’ da família americana, na sétima arte são os Fonda que merecem essa distinção. Neste caso, o talento revelou-se hereditário, já que poucos “clãs” em Hollywood receberam tantos aplausos e nomeações para os Óscares como os Fonda. A “fama” começou com o já falecido Henry, o patriarca da família, que apesar de não ter sido um pai exemplar para Peter e Jane, soube levar a sua carreira a “bom porto”. No cinema participou em mais de 90 filmes, incluindo “As Vinhas da Ira” e “Aconteceu no Oeste”, e no teatro soube mostrar a sua apetência para papéis heróicos.
A consagração final chegou em 1980, um ano antes da sua morte, e curiosamente ao lado da sua filha, Jane, com quem coleccionou inúmeras discussões e tristezas. “A Casa do Lago”, filme produzido e interpretado pela actriz – que ofereceu ao pai o primeiro Óscar da carreira - retrata as rivalidades que Jane e o Henry mantiveram. Os dois irmãos nunca o perdoaram por ter abandonado a mãe, Frances Seymour Brokaw, que não aguentou a rejeição e suicidou-se, quando ambos tinham apenas 10 e 12 anos. Peter e Jane raramente falam sobre este assunto, mas os amigos mais próximos não hesitam em descrever a reacção do pai como “fria e indiferente”.
Peter, o mais novo, foi quem mais sofreu, chegando mesmo a tentar o suicídio, com um tiro no estômago. Felizmente, a bala não foi fatal e foi Jane quem o ajudou a superar o trauma. Nessa altura, já Henry Fonda namorava com a actriz Susan Blanchard e vivia concentrado na sua vida profissional. Seguindo os passos do pai, também Jane decidiu ser actriz e inscreveu-se na prestigiada escola de Lee Strasberg, onde foi colega da (ainda) desconhecida Marylin Monroe.
Aos poucos, a filha de Henry Fonda soube demarcar-se da imagem do pai e conseguiu ser reconhecida pelo seu talento. Com 21 anos estava instalada em Hollywood, pronta para se tornar numa actriz séria. E conseguiu-o, tendo recebido o primeiro Óscar com apenas 32 anos, com o filme “Os Cavalos também te Abatem”, de Sydney Pollack. Várias nomeações depois (seis no total), voltaria a marcar a diferença com o filme “Klute”, de Alan Pakula. Nessa altura, a “rebelde” já vivia em França com o seu primeiro marido, o realizador de “Barbarella” (papel que a lançou para a fama), Roger Vadim.
Desta relação nasceu a sua primeira filha, Vanessa, com quem mantém uma relação bastante próxima. Aliás, após o seu divórcio do magnata Ted Turner, em 2001, foi em casa de Vanessa, e bem perto do seu neto, que Jane encontrou refúgio. Vadim e Fonda separaram-se pouco tempo depois, mal a artista conheceu o homem que mudaria a sua vida para sempre, Tom Hayden. Este escritor e político radical desposou-a em 1973, e rapidamente os dois se tornaram num dos casais “mais reivindicativos” da década de 70/80. Críticas contra a guerra do Vietname e contra a política de Richard Nixon marcaram o seu discurso da altura, para desgosto do pai que fez questão de se manter “à parte”.
O mesmo se passou com o seu irmão Peter, que sempre viveu à margem desta família, e só conheceria o sucesso com o filme “Easy Rider”. Só anos mais tarde, em 1997, foi premiado com a primeira nomeação para os Óscares, devido à sua participação em “Laços de Ouro”. Mais sorte tem a filha deste, Bridget Fonda, fisicamente semelhante à tia Jane. A jovem vive longe de controvérsias e já ninguém duvida do seu talento como actriz. Veja-se os casos de “Padrinho III”, “A Assassina”, “Jackie Brown” ou “O Plano”, onde mostrou ser uma “Fonda” a sério. Ao contrário da tia, que casou três vezes e ainda não encontrou a “alma gémea”, Bridget mantém-se fiel ao actor Eric Stoltz. Os mesmos elogios se pode fazer de Troy Garity, outro “Fonda” a ter em conta. Filho de Jane e Hayden, já deu cartas no cinema, ao lado de Bruce Willis, no filme “Bandidos”.
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