Treze ícones de beleza e rebeldia – porque o feminino nunca foi coisa simples nem linear – inspiraram o novo livro do cronista.
Um livro sobre mulheres porque a elas o Mundo pertence. A quinta incursão literária do comentador social Carlos Castro passa em revista a vida, os escândalos e as causas de mulheres singulares como Amália Rodrigues, Marilyn Monroe, Grace Kelly ou a princesa Diana.
Ao todo são treze. Belas. Corajosas. Deslumbrantes. Trágicas. Por todas elas, Carlos Castro "apaixonou-se", amor agora confessado nesta obra de sensibilidade apurada.
"A minha solidão é povoada de mulheres, da voz da Maria Callas que de quando em vez me alegra ao ecoar em minha casa, ao retrato da Romy Schneider na parede do escritório. Tenho profunda admiração pelo feminino, no seu todo. Por aquelas que estão neste livro e por todas as outras que continuam a travar diariamente batalhas vencedoras num mundo ainda tão dominado pelo machismo", justificou o cronista.
Por isso, as 184 páginas de ‘As Mulheres que Marcaram a Minha Vida’ – compilação das crónicas que Carlos Castro tem vindo a publicar nos últimos anos na revista ‘Moda & Moda’ – estão tão impregnadas de sedução e glamour como de acontecimentos que chocaram o Mundo mas acabaram por ditar outras formas de ver e pensar a existência e a arte. Como aconteceu naquele 5 de Agosto de 1962, que acordou com a notícia da morte de Marilyn Monroe.
"O cometa incandescente que varreu os céus (...), deixando o seu brilho de estrela a iluminar o panteão da América, fazendo companhia a Elvis e James Dean", escreve Carlos Castro, lembrando que, depois dela, nada voltaria a ser como dantes.
DIVAS COM PÉS-DE-BARRO
Com prefácio de Maria Barroso, ‘As Mulheres que Marcaram a Minha Vida’ promete ser apenas o primeiro volume de uma série que ainda fará recordar outros tantos ícones femininos.
Nesta estreia, porém, Carlos Castro não pôde deixar de recordar duas portuguesas eternas: Beatriz Costa e Amália Rodrigues. Duas estranhas formas de vida.
Da fadista, o autor celebra "a voz única, maravilhosamente rara e poderosa" e uma "vida inteira de fascínio e em magia absoluta". Recorda-lhe a infância, vivida na Madragoa, a juventude como bordadeira, vendedora de limões e rainha das marchas populares Lisboa. Depois chega-se ao Retiro da Severa, onde "a voz" siderou a alma de quem estava ao entoar os versos de Amália Rebordão. No derradeiro fim "eram flores, flores que ela pediu que lhe oferecessem, e ali estavam as flores nas mãos do seu povo".
Sobre Sissi da Áustria, Carlos Castro debruça-se, sobretudo, na fuga da imperatriz para a ilha da Madeira, onde ainda hoje é recordada com carinho pelas gentes da terra, em histórias que passaram de boca em boca através das gerações: "joga às cartas e passeia a cavalo (...) toca ‘braguinha’ ou ‘machete’, instrumentos tão tradicionais da ilha".
Da actriz coroada princesa, Grace Kelly, relembra a cigana que previu a sua vida como "um conto de fadas", as causas humanitárias em que se envolveu e, numa viagem até ao outro lado do Atlântico, sobressai a "pequena notável" Carmen Miranda.
A "menina franjinhas", a "dona do maior sorriso do mundo", ocupa outras tantas emotivas páginas deste livro, com os seus desamores trágicos, a inquietude, os vícios e a fama que acabou por matá-la. O funeral que começou no dia de Carnaval. O samba mais sentido que o Brasil cantou. Ou seja, todas as mulheres que o Mundo chorou, mesmo que nem sempre as soubesse amar.
CARLOS CASTRO, CRONISTA
Nasceu em Moçamedes, Angola, em 1945. Passou pela imprensa, rádio, televisão, foi organizador de espectáculos e de galas. Este é o seu quinto livro.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.