É uma das missões espaciais mais importantes da atualidade. Uma sonda da nave Rosetta, da Agência Espacial Europeia (ESA), vai aterrar num cometa. O objetivo é perceber como se formou o nosso planeta e recolher informação que pode ser útil para evitar colisões de asteroides com a Terra. A ideia é recolher amostras físicas e investigar a composição e estrutura do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, que viaja entre as órbitas da Terra e de Júpiter.
Estes corpos que orbitam no espaço são para os cientistas cápsulas do tempo que podem revelar os segredos da vida do planeta que habitamos. Rui Agostinho, diretor do Observatório Astronómico de Lisboa, salienta que "esta é uma missão altamente tecnológica, que pela primeira vez vai fazer aterrar uma sonda no cometa 67P, que persegue há 10 anos".
Tanto tempo em órbita fez com que a nave tivesse de hibernar durante três anos, por estar demasiado longe do sol, para ter energia suficiente para fazer o seu trabalho. Além da água, os cometas poderão ainda ter sido responsáveis pelo transporte de vida para a Terra, já que têm na sua constituição produtos orgânicos. Tudo isto vai ser analisado à lupa a partir do próximo mês de novembro.
Primeira ida à Lua continua a ser útil
Espaço material na Lua há 40 anos ainda fornece dados
Entre os vários aparelhos de pesquisa que a tripulação da Apollo deixou na Lua (na primeira conquista do satélite natural da Terra, há 40 anos) os de sismologia ainda estão a fornecer dados, contribuindo para ajudar a compreender mistérios da física. Essas informações podem vir a ajudar a provar teorias de Albert Einstein.
O poder da antecipação
Reginaldo Rodrigues de Almeida, professor universitário e apresentador CMTV do programa ‘Falar Global’
Seriamos mais felizes se soubéssemos o futuro? Duvidamos muito mas, ainda assim, não deixa de ser uma atividade com mesmo muita procura…
Saber o que os clientes preferem é uma das máximas do marketing digital, por exemplo. Uma espécie de branch prediction, uma busca antecipada de instruções, tal como a técnica usada para acelerar o desempenho de programas informáticos, reduzindo o tempo de espera do processador e da escolha.
As gigantescas filas que se fazem para reservar equipamentos novos de certa forma antecipam a sua aquisição; os mercados bolsistas entram em carrossel antevendo fusões, vendas ou similares muito antes da sua concretização, da mesma forma que ficamos acordados para saber da novidade que será transmitida num qualquer país com um fuso horário diferente do nosso.
É caso para dizer que adoraríamos que tudo fosse como o comando do carro, abrindo as portas do futuro, substituindo a Sociedade da Informação por um novo patamar, o da Sociedade da Antecipação, nem sempre de consequências previsíveis.