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Artigo exclusivo

O relatório que arrasa Bolsonaro

Lemos as 1179 páginas da Comissão Parlamentar que aponta os erros no combate à pandemia.

11 de novembro de 2021 às 12:00

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Senador Renan Calheiros
Senador Renan Calheiros JOEDSON ALVES/epa
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Protestos CARLA CARNIEL/reuters
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impressão que eu tenho é que havia algumas teorias mais simpáticas. Uma delas era: o brasileiro vai se contaminar, ele mora em aglomerados, ele mora sem esgoto, então, vai se atingir o coeficiente de proteção de rebanho. Acho que essa pode ter sido talvez a inspiração dessas pessoas para levar até o Presidente, eu acho que esse era um argumento que eles poderiam colocar nesses termos.” As palavras são do ex-ministro da Saúde brasileiro Luiz Henrique Mandetta – que citado pelo Relatório Final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à Pandemia, a que a Domingo teve acesso, disse acreditar que o presidente Jair Bolsonaro tinha outra fonte de informações que não o Ministério da Saúde. O ex-ministro apontou o deputado federal Osmar Terra como uma das pessoas que orientavam o presidente. “A participação do deputado Osmar Terra ainda se mostra mais evidente no vídeo exibido logo em seguida (durante a sua audição), em que são intercaladas as declarações do deputado e aquelas, no mesmo sentido, feitas pelo presidente Bolsonaro. Há uma clara coincidência de posicionamentos. Eles assumem a mesma posição em relação à imunidade de rebanho (abril de 2020) e à cloroquina (maio de 2020), criticam o isolamento social (maio de 2020), falam que a pandemia estaria no final (dezembro de 2020) e sustentam não haver pressa para a aquisição das vacinas (dezembro de 2020)”, cita a CPI, que também ouviu Nelson Teich, outro ex-ministro da Saúde. “[Este] negou saber da existência de um gabinete paralelo, mas mencionou um episódio, que considerou desagradável e inadequado, no qual foi informado publicamente pela imprensa, durante uma entrevista coletiva, de que o Presidente da República havia editado um decreto mudando o conteúdo do que seriam serviços essenciais, autorizados a permanecerem abertos mesmo na vigência de decretos que limitavam a atividade económica”, lê-se no relatório.

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