António Costa chamou para ministro-adjunto o amigo que há três décadas encaminhou para Macau.
Saiu de Macau como entrou e o advogado Magalhães e Silva sublinha-o ao elogiar Pedro Siza Vieira, o advogado de 53 anos que aceitou ser ministro-adjunto de António Costa quando o amigo dos tempos da Faculdade de Direito de Lisboa enfrenta a maior crise no Governo.
Foi em 1988 que Magalhães e Silva conheceu o recém-licenciado que integrou a equipa de três jovens assessores que o ajudaram a ser secretário-adjunto para os Assuntos de Justiça do Governo de Macau. O sobrinho do arquiteto Siza Vieira foi-lhe recomendado por António Costa, seu colega no escritório de advogados fundado por Jorge Sampaio, tal como o atual ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e Diogo Lacerda Machado, o amigo do primeiro-ministro que representou o Estado em dossiês como o da TAP.
Em Pedro Siza Vieira, o "português suave, tranquilo e sereno" com quem trabalhou entre 1988 e 1990, Magalhães e Silva realça as qualidades de alguém que correspondeu ao perfil de "gente ainda sem vícios e com grande qualidade" que pedira a Costa. Essa falta de vícios, rara num território que não raras vezes "emporcalhava e tingia", é reforçada a outro nível pelo testemunho de um compatriota que o conheceu nesse tempo.
Até porque o jovem jurista, que mantinha o corpo são a jogar futebol na equipa formada por membros do governo macaense treinados por Jorge Coelho, tinha consigo a mulher de sempre e mãe dos seus três filhos, Cristina Vieira, colega de turma no curso de Direito que foi diretora-geral do Turismo e preside desde 2010 à Associação da Hotelaria de Portugal. Segue o exemplo familiar, pois os pais do ministro-adjunto, António e Irene, estão juntos há mais de 50 anos.
Mudança de rumo
Do Direito Administrativo passou para a arbitragem, reestruturações e insolvências de empresas. "Discreto e competentíssimo", como muitos o descrevem, envolveu-se na separação entre o "mau" Banco Espírito Santo e o Novo Banco ou na privatização da TAP.
Tido como um dos principais advogados portugueses, deixou a liderança da Linklaters Portugal em 2016, já então por razões que tinham que ver com a chegada do amigo a primeiro-ministro. Foi nomeado para a Estrutura de Missão para a Capitalização de Empresas, integrou o grupo de trabalho para a reforma do modelo de supervisão financeira, e o passo seguinte, esperado por muitos, foi a chegada ao Governo.
Dias após ser empossado, estava ao lado de António Costa na visita a Pedrógão Grande. "Traz prestígio e respeitabilidade", sublinha Jorge Coelho.
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