BES: emigrantes lesados não desistem

De bandeira francesa em riste e a empunharem cartazes escritos na mesma língua, dezenas de emigrantes cujas poupanças foram aplicadas em sociedades offshore concentraram-se esta segunda-feira em frente às instalações do Novo Banco da praça do Toural, em Guimarães. As portas mantiveram-se sempre encerradas durante a manifestação, que durou cerca de uma hora.

"Queremos o nosso dinheiro. A nossa vida está dentro daquelas portas", ouvia-se entre o barulho dos tachos, apitos e buzinas. Os lesados deram voz ao protesto, que estava marcado para as 10h00, mas que acabou por ser desmarcado pelo Movimento dos Emigrantes Lesados e pela Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial, uma vez que houve autorização por parte da autarquia.

" Eu e a minha mulher temos lá dentro 800 mil euros. A minha vida está lá dentro. Agora querem que assinemos um acordo, para quê? Para ficarem com mais? Nós, os emigrantes, não concordamos com nenhum acordo", reclama António Lino.

São cerca de 7 mil os emigrantes lesados com papel comercial do GES. O montante aplicado ronda os 720 milhões.