Peso dos juros tem vindo a diminuir na prestação da casa
Componente dos juros passa de 60% para 51% no espaço de um ano, segundo os dados do INE.
O peso dos juros na prestação do crédito à habitação tem vindo a cair, apesar de ainda representar em julho mais de metade do valor mensal pago ao banco. De acordo com a informação divulgada esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a componente da prestação correspondente aos juros do empréstimo caiu de 60% para 51%, no espaço de um ano, reflexo da descida das taxas de juro.
A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação diminuiu para 3,385% em julho, segundo o INE, revelando que a prestação média se fixou-se em 394 euros, valor idêntico ao mês anterior mas traduzindo uma descida de 11 euros comparativamente a julho de 2024.
"No último mês, a parcela relativa a juros representou 51% da prestação média", concretiza o INE. Ou seja, do valor da prestação, 202 euros correspondem a pagamento de juros e 192 euros (49%) a capital amortizado.
Em julho de 2025, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 593 euros, elevando-se a 72 270 euros, mais 5741 euros face ao mesmo período do ano passado.
Nos contratos mais recentes (a três meses), a taxa de juro desceu de 2,951% em junho para 2,897% em julho, correspondendo a uma diminuição acumulada de 148,3 pontos base desde o máximo atingido em outubro de 2023. O valor médio da prestação subido cinco euros, fixando-se em 636 euros (subida de 3,9% face ao mesmo mês do ano anterior). Já no que diz respeito à dívida, o montante médio para os contratos celebrados nos últimos três meses fixou-se em 159 553 euros, mais 2 203 euros que em junho.
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