Air France-KLM reitera interesse na privatização da TAP e aguarda caderno de encargos
Grupo garante que "continua a acompanhar de perto o processo".
O Grupo Air France-KLM continua a acompanhar de perto o processo de privatização da TAP, estando a aguardar a publicação do caderno de encargos.
Questionada pela Lusa sobre o ponto de situação do processo e se o calendário da reprivatização é exequível, o grupo respondeu que "continua a acompanhar de perto o processo", e "toma nota da aprovação do caderno de encargos para esta operação", na passada sexta-feira.
"Nesta fase, o Grupo reitera, uma vez mais, o seu interesse no processo de privatização", afirmou a empresa.
A publicação do caderno de encargos em Diário da República, que ocorrerá em breve, definirá as condições técnicas, jurídicas e administrativas da venda, bem como os critérios de qualificação para a aquisição de até 49,9% do capital da companhia.
O processo será conduzido em quatro etapas: pré-qualificação (até 60 dias), propostas não vinculativas (até 90 dias), propostas vinculativas (até 90 dias) e eventual negociação. O Governo prevê concluir todas as fases em cerca de um ano, embora o calendário dependa de autorizações regulatórias.
O interesse na reprivatização tem sido igualmente manifestado pela Lufthansa e pela IAG --- dona da British Airways e da Iberia --- que aguardam também a publicação do caderno de encargos para avaliar os próximos passos.
A operação inclui, além da TAP, empresas como a Portugália, a Unidade de Cuidados de Saúde TAP, a Cateringpor (51% detida pela TAP) e a SPdH, antiga Groundforce.
A TAP já foi parcialmente privatizada em 2015, mas o processo foi revertido em 2016 pelo Governo de António Costa, que retomou metade do capital. Em 2020, no contexto da pandemia de covid-19, o Estado assumiu o controlo total da companhia.
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