Luta na Altice demite presidente da PT
Cláudia Goya afastada da presidência.
A Altice, dona da PT, está viver um "ajuste de contas" ao nível da administração. Em menos de um mês, dois dos principais responsáveis da multinacional francesa em Portugal foram afastados da empresa. Em primeiro lugar, foi Michel Combes, recrutado para CEO do grupo francês através de uma empresa de "caça-talentos" (‘headhunters’), pediu a sua demissão no passado dia 9.
Ontem, foi a vez de Cláudia Goya, trazida pela mão de Combes para substituir Paulo Neves, foi afastada das suas funções de presidente executiva da Meo, embora fonte oficial da Altice/PT negue a sua saída da empresa.
Segundo apurou o CM, esta recomposição na liderança está intimamente relacionada com a reconfiguração do grupo a nível internacional, e com o reforço de poderes de Armando Pereira, acionista de referência da Altice e homem de confiança de Patrick Drahi, o milionário que é o presidente do grupo.
Com efeito, segundo apurou o CM, todos os homens de confiança de Armando Pereira, que foram afastados por Michel Combes, vão ter um protagonismo reforçado. Assim, por exemplo, Alexandre Fonseca, que atualmente é o administrador executivo responsável pelas tecnologias de informação, é o nome apontado para substituir Cláudia Goya no cargo de presidente executivo da Meo.
Depois da saída de Combes, Dexter Goei, o presidente da Altice nos Estados Unidos e o homem que conduziu o processo de compra da PT, regressou às funções de CEO do grupo.
PORMENORES
Sindicatos pedem reunião
As estruturas representativas dos trabalhadores da PT/Meo solicitaram uma "reunião urgente" ao novo presidente executivo da multinacional francesa de telecomunicações Altice, Dexter Goei.
Dívida assusta mercados
A liquidez disponível do Grupo Altice situou-se em finais de setembro em 5100 milhões de euros, enquanto a dívida total consolidada do grupo ascendia a 49 557 milhões de euros.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt