Alojamento turístico rendeu 3,7 mil milhões de euros em 2017
Turismo português recebeu 24,1 milhões de hóspedes. País tem mais de 400 mil camas.
Os proveitos totais do alojamento turístico nacional atingiram 3,7 mil milhões de euros em 2017 (+18,6% em relação a 2016). Os proveitos de aposento totalizaram 2,7 mil milhões de euros, numa subida de quase 21%, na comparação homóloga, segundo dados do Turismo de 2017 divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.
Em 2016, na comparação com o ano anterior, os proveitos totais tinham subido 18,1% e os de aposento 19,2%.
O INE revelou que no segmento da hotelaria, no ano passado, os proveitos totais na hotelaria foram de 3,3 mil milhões de euros (+17,7%) e os de aposento 2,4 mil milhões de euros (+19,6%), evoluções semelhantes às verificadas no ano anterior (+17,9% e +18,9%, respetivamente).
Considerando o setor de alojamento turístico (hotelaria, turismo no espaço rural e de habitação e ainda o alojamento local1), em julho de 2017 havia 5 840 estabelecimentos em funcionamento com uma capacidade de 402,8 mil camas (+5,8%), segundo o INE, que referiu que os alojamentos receberam 24,1 milhões de hóspedes (+12,9%).
Dormiram em Portugal 24,1 hóspedes
O alojamento turístico nacional recebeu 24,1 milhões de hóspedes, no ano passado, numa subida de quase 13% em relação a 2016.
Em 2016, a subida de hóspedes tinha sido de cerca de 11% em relação a 2015, segundo o INE, que acrescentou que as dormidas subiram em 2017 10,8% para 65,8 milhões (+11,6% que as dormidas registadas em 2016).
Com base no Inquérito à Permanência de Hóspedes na Hotelaria e outros alojamentos (IPHH), a 31 de julho de 2017, estavam em atividade 5.840 estabelecimentos de alojamento turístico, uma oferta de 175,1 mil quartos e 402,8 mil camas.
Receitas de 3.7 mil milhões de euros
Portugueses são apenas 28,5%
O mercado interno representou 28,5% do total de dormidas nos alojamentos turísticos nacionais em 2017, ao gerar 18,8 milhões estadas num total de 65,8 milhões.
As dormidas dos portugueses subiram 7,3% na comparação homóloga, enquanto os mercados externos apresentaram um crescimento superior (+12,2%) e atingiram 47,1 milhões de dormidas (71,5% do total, ultrapassando o peso de 70,6% em 2016).
Seguindo a tendência, entre os estrangeiros, a liderança foi de naturais do Reino Unido, responsáveis por quase 21% do total das dormidas de não residentes e um crescimento de 2,8% em relação a 2016.
O mercado alemão (13,8% do total) cresceu 11,3%, enquanto os mercados francês e espanhol (ambos com uma quota de 9,9%) cresceram 5,2% e 7,0%, respetivamente, segundo o INE.
Na hotelaria, as dormidas dos residentes (15 milhões) desaceleraram ligeiramente para +5,4% (+6,3% em 2016) e as de não residentes (40,7 milhões; 73,1% do total) aumentaram 9,6%, também menos expressivamente que no ano anterior (+12,1% em 2016).
O número de hóspedes totalizou 24,1 milhões e as dormidas 65,8 milhões em Portugal, no ano passado, correspondendo a aumentos de 12,9% e 10,8%, respetivamente, após +11,1% e +11,6% no ano anterior.
Segundo o Inquérito às Deslocações dos Residentes, em 2017 verificou-se que 4,58 milhões de residentes em Portugal efetuaram pelo menos uma deslocação com dormida fora do seu ambiente habitual, ou seja, o correspondente a 44,5% da população residente (44,1% em 2016).
No ano passado, houve 21,2 milhões deslocações turísticas, numa subida de 5% (após +5,4% em 2016), com o número de deslocações dentro do país a ser de 19 milhões (+4,1%, após +5,7% em 2016), valor que representou 89,6% do total.
As deslocações para o estrangeiro foram 2,2 milhões (+13,1%, após +2,5% em 2016).
O principal motivo para viajar foi "lazer, recreio ou férias", seguindo-se "visita a familiares ou amigos" e os motivos "profissionais ou de negócios".
As viagens turísticas realizadas por portugueses geraram mais de 85,4 milhões de dormidas, numa descida de 4,6% face a 2016. O "alojamento fornecido gratuitamente por familiares ou amigos" atingiu as 39,6 milhões de dormidas, ou seja 46,4% do total (45,6% em 2016), tendo sido o preferido nas viagens ao estrangeiro (40,9%) e nas deslocações domésticas (47,7%).
Relativamente a deslocações de excursionismo (viagens de um só dia, sem dormida) efetuadas pelos residentes, em 2017 efetuaram-se 118,8 milhões deslocações (115,2 milhões em 2016), das quais 93,8% por motivos pessoais e as restantes por motivos profissionais.
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