BCE mantém taxas mas juro das casas volta a descer

A posição do BCE era antecipada pelos analistas, uma vez que a inflação "deverá estabilizar no objetivo de 2% a médio prazo", segundo a instituição, que fez daquele valor a referência. Esta é a quarta reunião consecutiva em que o banco central não mexe nas taxas diretoras, depois de oito descidas desde junho de 2024. 

Indiretamente afetada pelas decisões do BCE, a taxa de juro dos empréstimos à habitação recuou 4,7 pontos base em novembro face a outubro (3,180%), segundo informação INE, mantendo-se por enquanto na trajetória de descida iniciada em janeiro de 2024 (4,657%). 

A prestação média fixou-se em 394 euros, tal como no mês anterior, traduzindo uma descida de nove euros face a novembro de 2024.  No último mês, a parcela relativa a juros representou 49% da prestação média (pela terceira abaixo dos 50%) o que corresponde a 193 euros, com os restantes 201 euros a abater no capital emprestado. Em média, cada família deve 74 670 euros ao banco.

Já no caso dos contratos efetuados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu pela primeira vez desde abril de 2,850% em outubro para 2,853% em novembro, tendo o valor médio da prestação aumentado dois euros para 668 euros. Os dados do INE mostram ainda que o montante médio em dívida destes empréstimos ascende a 166 661 euros, mais 1 068 euros que em outubro. Trata-se de mais do dobro do valor do conjunto de todos os créditos à habitação em Portugal.