Deco alerta para fraco rendimento de contas poupança

A DECO analisou as contas de poupança para os mais novos oferecidos por 13 bancos e concluiu que as remuneração são "muito fracas", entre 0,3 por cento e três por cento, e abaixo dos depósitos tradicionais.

07 de junho de 2011 às 14:43
DECO, bancos, poupança Foto: D.R.
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As conclusões desta análise são publicadas na próxima edição da Proteste  Poupança, uma das publicações da Associação para a Defesa dos Direitos dos  Consumidores (DECO).

Para os mais jovens, as ofertas das instituições bancárias vão desde  contas à ordem, contas de poupança, seguros de capitalização e planos mutualistas,  mas os técnicos da associação limitaram-se às contas de poupança.

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O Banco Espírito Santo, o Banco Popular e o Montepio são alguns dos  bancos que oferecem brindes como forma de sensibilizar e educar as gerações  mais novas para a necessidade de poupa, mas a DECO alerta para o facto de  que "não basta ensinar. É necessário que os incentivos à poupança superem  a subida dos preços".

A associação lembra que a inflação prevista pela OCDE para este ano  é de 3,3 por cento, mais 0,3 por cento do que a taxa do melhor depósito  para jovens e mais 1,9 por cento do que a média dos produtos analisados  para este segmento.

Segundo a Proteste Poupança, a remuneração proposta é "muito fraca"  e o prazo das aplicações "desadequado", sobretudo tendo em conta que o horizonte  de investimento é bastante alargado na maioria dos casos: "Com estes rendimentos  de pouco serve amealhar ao longo dos anos, pois a inflação devora o valor  do dinheiro", alerta a DECO.

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A associação lembra que a poupança para os mais novos deve ser feita  numa perspectiva de longo prazo: "Se juntou algum dinheiro, por exemplo,  dos aniversários e das épocas festivas, que queira ver rentabilizado, esqueça  as contas 'especiais' para jovens. De 'especial' têm muito pouco", lê-se  na publicação.

Em alternativa, a associação recomenda o investimento em certificados  do tesouro para quem pretende capital garantido, lembrando que rendem 5,6  por cento ao ano se o dinheiro for aplicado por um período de 10 anos, e  5,3 por cento entre os cinco e os nove anos.

"Caso não tenha ainda os mil euros necessários para investir, prefira  um depósito a prazo normal. Com a necessidade crescente de financiamento  por parte dos bancos, vários garantem 3,5 por cento líquidos ao ano", recomenda.

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Para montantes superiores, a DECO recomenda, a quem estiver disposto  a arriscar, a compra de fundos de investimento de acções e obrigações, desde  que o investimento seja mantido por um mínimo de cinco anos, uma vez que  o potencial de rendimento é bastante superior ao das aplicações sem risco.

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