EDP arranca com produção de hidrogénio
Elétrica integra projeto europeu que quer centrais mais eficientes.
A EDP começou, esta terça-feira, a produzir hidrogénio e a injetá-lo na turbina a gás natural da central termoelétrica do Ribatejo. Trata-se de "validar a aplicação prática da combinação de hidrogénio e gás natural em contexto de operação, algo ainda pouco explorado no setor", segundo a própria elétrica.
O arranque do projeto-piloto concretizou-se, esta terça-feira, perante a ministra da Energia, Maria da Graça Carvalho, com a inauguração do demonstrador, o eletrolisador de 1,25 MW, que estará em operação até ao início de 2026. Financiado pela União Europeia, o projeto-piloto integra um programa mais amplo, que abrange 21 parceiros de 10 países europeus, incluindo, entre outros, para além de Portugal, Alemanha, Suécia e Países Baixos.
O FLEXnCONFU é um projeto "que visa demonstrar como a produção de energia em centrais de ciclo combinado pode ser mais flexível e eficiente, combinando diferentes tecnologias e promovendo uma operação mais sustentável num mercado cada vez mais dominado pelas energias renováveis",descreve a EDP, explicando que integra dois demonstradores "que irão converter eletricidade para hidrogénio ou amoníaco e fazer a sua co-combustão com gás natural".
O piloto da responsabilidade da EDP no Ribatejo utiliza hidrogénio e o segundo, localizado em Itália, recorre a um carrier de amoníaco — substância que permite armazenar e transportar energia sob a forma de amoníaco — e que será validado em ambiente laboratorial.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt