Ex-gestor da PT implica Sócrates e Mário Lino
Luís Coutinho, ex-administrador da PT, afirmou que Sócrates se opunha à OPA da Sonae.
O ex-administrador da PT Luís Coutinho confirmou aos investigadores da Operação Marquês que José Sócrates se opôs à OPA da Sonae à PT. Segundo o semanário ‘Sol’, Luís Coutinho revelou que, após ter votado a favor da OPA, foi repreendido pelo então ministro das Obras Públicas, Mário Lino, que o tinha convidado para o cargo em 2006.
Esta versão contraria a do antigo primeiro-ministro, suspeito de ter recebido subornos do saco azul do BES para se opor à OPA, que garante que o seu governo assumiu "uma posição de imparcialidade, nem contra nem a favor da OPA".
O ex-gestor da PT terá afirmado ao procurador Rosário Teixeira que os restantes administradores votaram contra a OPA por medo de perderem os seus lugares. A Caixa Geral de Depósitos, cujo representante era Armando Vara - que o Ministério Público suspeita ter recebido um milhão de euros em luvas - foi decisiva para o chumbo da OPA.
No depoimento prestado no DCIAP, Coutinho terá revelado ainda uma reunião entre Henrique Granadeiro, antigo gestor da PT, e José Dirceu, antigo chefe da Casa Civil de Lula da Silva, meio ano depois da OPA. O advogado Abrantes Serra - intermediário de Dirceu em Portugal - também terá estado presente.
O CM contactou Granadeiro e a defesa de Sócrates mas não obteve resposta.
Mulher de Silva Pereira recebeu 98 mil €
Segundo o Ministério Público, esta terá sido uma das formas utilizadas por José Sócrates para fazer circular o dinheiro dos subornos que terá alegadamente recebido enquanto chefiava o governo.
O CM tentou obter esclarecimentos de Silva Pereira, sem sucesso.
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