Governador passa culpas a gestores do Banif

Supervisor culpa equipa de Jorge Tomé por falhar reestruturação.

05 de abril de 2016 às 21:07
Carlos Costa Foto: José Sena Goulão/Lusa
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O governador do Banco de Portugal deixou no ar responsabilidades da equipa de gestão do Banif, liderada por Jorge Tomé, na falta de aprovação do plano de reestruturação do banco por Bruxelas.

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"Ao fim de três anos não foram capazes de aprovar um plano de reestruturação. Outros três bancos [BCP, GCD e BPI] tiveram negociações duras mas conseguiram. É uma questão de capacidade negocial e de estabelecer objetivos e prioridades", adiantou Carlos Costa em resposta à deputada do BE Mariana Mortágua na comissão parlamentar de inquérito.

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Sem nunca se referir diretamente à equipa de Jorge Tomé, o supervisor financeiro tentou dizer que "faltou inteligência" aos intervenientes na negociação para "verem como gerir a força" com a Direção Geral de Concorrência. "Têm de saber em que momento abandonam o braço de ferro", frisou.

 

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Mariana Mortágua quis então saber a que braço de ferro se referia Carlos Costa, e o governador acrescentou apenas que "a flexibilidade demonstrada em 2015 [pela gestão do banco] teria sido mais bem vinda se tivesse surgido mais cedo". "Alguém se fixou num modelo e na salvaguarda de um conjunto de interesses e não saiu desse modelo até ao prazo limite", acusou o regulador numa alusão à postura do Banif.

 

E foi mais longe: "Não basta dizer que eles são maus porcos e feios, é preciso perceber que é com eles [Direção-Geral de Concorrência] que temos de chegar a um acordo."

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