Hotelaria: 520 trabalhadores com salários em atraso na Madeira
Situação é considerada "inadmissível".
O Sindicato da Hotelaria da Madeira revelou esta sexta-feira, no Funchal, ter registo de 520 trabalhadores, de 12 unidades hoteleiras e duas padarias, com salários em atraso, situação que considera "inadmissível" face ao crescimento do setor verificado em 2014.
"É manifestamente inaceitável que, num setor de forte crescimento, haja empresários a não pagar atempadamente o reduzido salário aos seus trabalhadores, que constitui, em muitos casos, o único rendimento disponível para sustentar uma família", salientou o sindicato em comunicado.
Segundo a estrutura sindical, a Inspeção Regional do Trabalho tem sido chamada a intervir, existindo já "processos de contraordenação aplicados às empresas em falta".
O Sindicato dos Trabalhadores na Hotelaria, Turismo, Alimentação, Serviços e Similares da Madeira lamentou, por outro lado, que o Governo Regional, designadamente o secretário da Educação e Recursos Humanos, permaneça "remetido ao silêncio" sobre o assunto.
"Há trabalhadores que, para além dos prejuízos causados, têm medo de denunciar as ilegalidades praticadas pelas empresas onde trabalham, devido às represálias, ameaças e chantagens de que são vítimas por parte das entidades patronais", sublinhou sindicato liderado por Adolfo Freitas.
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