Justiça investiga mais crimes no BES

Banco não tem dinheiro suficiente para pagar a todos os clientes.

06 de fevereiro de 2015 às 08:57
05-02-2015_17_34_33 9586888.JPG Foto: Tiago Petinga/Lusa
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O presidente do BES, banco onde agora estão integrados os ativos maus da instituição que era gerida por Ricardo Salgado, admitiu no Parlamento que já enviou ao Ministério Público factos que, no seu entender, "constituem crimes". O mesmo responsável reconheceu ainda que a responsabilidade do pagamento aos clientes do retalho que têm obrigações do Grupo Espírito Santo (GES) é do BES. Mas admitiu que o banco não tem recursos que cheguem para reembolsar os clientes, que ontem se manifestaram em frente à sede do Banco de Portugal.

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Luís Máximo dos Santos explicou que há uma provisão de 668 milhões de euros registada nas contas do BES para pagar aos clientes. Ainda assim, o banco tem "capitais próprios negativos". "É evidente que, por muito extraordinariamente eficiente que fosse a administração do banco, não se antevê que possa haver recursos suficientes, porque, com os ativos que temos, o grau de recuperabilidade é baixo". O presidente do BES tóxico adiantou também que o GES deve ao banco cerca de 110 milhões de euros e que boa parte dessa verba é irrecuperável.

Em relação ao montante dos depósitos de acionistas, membros da família Espírito Santo e ex-gestores do banco que ficaram "congelados" no BES depois da medida de resolução, Máximo dos Santos afirmou que o valor ascende apenas a oito milhões de euros.

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