Lucro a Cimpor cai para 18,1% para 198,1 milhões

No comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o resultado líquido da Cimpor foi penalizado pelo "registo de imparidades em Espanha, reforço de provisões fiscais no Brasil e subida dos encargos financeiros (essencialmente 'spreads').

Já o aumento da facturação global para 2.275,3 milhões de euros foi "suportado pelo comportamento favorável dos preços de venda na maioria dos mercados".

"Num ano em que a maioria dos países melhorou a sua performance, o Brasil continuou a afirmar-se como a maior fonte de crescimento, mas as recuperações em Moçambique, Turquia e China lideraram os aumentos percentuais de EBITDA [resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações] contrabalançando as significativas quedas ocorridas em Portugal e no Egipto", refere a cimenteira.

Segundo destaca, foi, aliás, a "diversificação e presença em mercados emergentes" que sustentou o EBITDA de 616 milhões de euros (menos 2,2 por cento do que em 2010 e o segundo melhor de sempre), "contrariando a contracção na Península Ibérica e as dificuldades resultantes da situação política no Egipto".

O programa de redução de custos "Best" traduziu-se numa poupança de 40 milhões de euros anuais, o que permitiu minimizar "a subida generalizada dos principais custos de produção", sobretudo dos combustíveis e electricidade.

Já o investimento efectuado no ano passado aumentou 80 por cento face a 2010, para 294,5 milhões de euros.

Face à evolução do resultado líquido e do 'cash flow', o conselho de administração da Cimpor pretende propor à assembleia geral a distribuição de um dividendo bruto de 0,166 euros por acção, menos 19 por cento do que em 2010.

A 31 de Dezembro de 2011, o activo líquido da Cimpor era de 5.237 milhões de euros, menos 2,7 por cento face ao ano anterior, a dívida financeira líquida somava 1.623 milhões de euros, mais 61 milhões.