Maioria das autobaixas de três dias passa a atestado

Cerca de 75% dos trabalhadores que recorreram à autodeclaração acabaram por ficar de baixa e a receber subsídio de doença. É o que mostram os dados estatísticos dos ministérios da Saúde e da Segurança Social: até outubro, dos 1422 trabalhadores que diariamente pediram, em média, a autodeclaração, 1070 passou a receber subsídio de doença.

A autodeclaração permite aos trabalhadores justificar até três dias consecutivos de faltas, que não são pagos, sem que ter que se deslocar a um serviço de saúde. No total, até outubro tinham sido emitidas 426,6 mil autodeclarações de doença através do portal, da aplicação do telemóvel ou pela linha telefónica do SNS 24. Dessas autodeclarações, quase 321 mil deram origem a processos de subsídio de doença, mais 52,5 mil do que em igual período de 2024, acordo com dados da Segurança Social.

A evolução mensal dos 10 primeiros meses dos últimos dois anos evidencia que janeiro regista o maior número quer de autodeclarações. Em 2024, foram emitidas 61516 autodeclarações, no primeiro mês do ano, das quais 47991 deram origem a subsídio de doença. Números que cresceram em 2025, já que das 67 466 autodeclarações emitidas pelos serviços do ministério da Saúde, 53 006 deram origem a processos de subsídio de doença, segundo a Segurança Social.

Recorde-se que a Segurança Social só garante o pagamento do subsídio de doença a partir do quarto dia, exceto no caso de internamento, que inclui os três primeiros dias.