Marcha lenta de camiões para o Campus da Justiça

Cerca de meia centena camiões com trabalhadores da empresa TNC, em processo de insolvência, saíram hoje, pelas 06h30, de Alverca e encontram-se, pela terceira vez, em marcha lenta na EN10, com destino ao Campus da Justiça.

01 de setembro de 2011 às 12:44
camiões, camionistas, campus da justiça, ar, marcha lenta Foto: Miguel A. Lopes/Lusa
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Os 51 camiões que estão já a caminho de Lisboa estão a ser escoltados pela polícia que rodeia os veículos da empresa com pelo menos quatro motos e 3 carros.

Os trabalhadores da Transportadora Nacional de Camionagem (TNC) esperam chegar ao Tribunal do Comércio de Lisboa (TCL), aí estacionar os camiões e esperar pela decisão da juíza de marcar ou não a assembleia de credores.

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Os camionistas já tinham rumado na terça-feira para o Campus da Justiça com 44 camiões, e apesar de não terem sido recebidos pela juíza, foram informados que esta quinta-feira, a juíza responsável pelo processo tomaria uma decisão sobre o futuro da empresa.

"Todos os credores estão disponíveis para analisar um plano de recuperação da TNC, mas isso só poderá acontecer em assembleia de credores que esperamos que seja marcada hoje", disse à Lusa o coordenador nacional do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), Fernando Fidalgo.

O dirigente sindical adianta que todos os prazos legais que estão a decorrer terminam hoje e por isso considera esta quinta-feira "como o dia D para o futuro da empresa e dos 126 postos de trabalho".

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O BES, principal credor da empresa, entregou a 10 de agosto um requerimento no TCL a pedir a anulação da decisão do fecho da TNC, votada na última assembleia de credores de 11 de Julho, abrindo portas à marcação de uma nova assembleia de credores.

Esta foi a quarta marcha lenta que os trabalhadores da TNC organizaram até Lisboa e a terceira com destino o Campus da Justiça.

A 19 de Julho tentaram rumar à Assembleia da República mas os cerca de 30 camiões foram barrados pela PSP na Segunda Circular e obrigados a regressar a Alverca.

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A segunda marcha lenta, a 18 de Agosto, os trabalhadores conseguiram chegar ao Campus da Justiça, onde estiveram estacionados com 30 camiões durante várias horas.

Na terça-feira rumaram novamente ao Campus da Justiça com 44 camiões, aí ficaram toda a manhã, e após terem tido a informação de que hoje a juíza tomaria uma decisão sobre a marcação ou não da assembleia de credores, regressaram a Alverca.

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