Natal chega com contas feitas: 61% dos portugueses mantém orçamento de 2024 para os presentes
Estudo feito pela Escolha do Consumidor revela que maioria dos portugueses conta gastar entre 100 e 250 euros.
Com o Natal mesmo à porta, os portugueses começam a fazer contas à vida e, apesar da inflação e do aumento do custo de vida, a maioria não quer abdicar das tradições. Segundo um estudo feito pela Escolha do Consumidor, 61% dos portugueses afirma que vai manter o mesmo orçamento do ano passado para a compra de presentes. Ainda assim, 13% admite que vai gastar mais este ano, enquanto 26% diz que vai reduzir a despesa.
Para a maioria dos portugueses, o valor destinado às prendas continua moderado. Cerca de 30% dos inquiridos prevê gastar entre 100 e 250 euros, sendo este o intervalo mais comum. Outros 22% apontam para valores entre os 50 e os 100 euros. No extremo oposto, apenas 6% admite gastar mais de 500 euros em presentes, enquanto 11% procura manter os custos no mínimo e não ultrapassar os 50 euros. Há ainda 18% que planeia gastar entre 250 e 500 euros e 13% que ainda não decidiu quanto pretende desembolsar.
Apesar do crescimento das compras online, a tradição de ir às lojas continua bem viva. Segundo o estudo da Escolha do Consumidor, quase metade dos portugueses (48%) garante que vai comprar as prendas presencialmente, enquanto 30% vai dividir as compras entre lojas físicas e online. Já 22% afirma que vai fazer as compras maioritariamente online, sinal de que o digital continua a ganhar terreno, embora sem derrotar totalmente o comércio tradicional.
A maioria dos consumidores prefere planear as despesas com antecedência. Quase metade dos inquiridos afirma que organiza todas as compras previamente, evitando surpresas de última hora. Ainda assim, 37% reconhece que deixa sempre algumas prendas para os últimos dias antes do Natal e, os restantes, admitem mesmo comprar por impulso.
Quanto ao hábito de troca, quase metade dos participantes do inquérito (46%) diz que normalmente não troca os presentes que recebe, mesmo que não sejam exatamente do seu agrado. Por outro lado, 29% fá-lo ocasionalmente ou com frequência, existindo ainda uma percentagem que garante nunca trocar, valorizando o gesto acima do valor material.
No que diz respeito à escolha dos presentes, a preferência recai sobretudo sobre roupa e acessórios de moda, seguindo-se os produtos de beleza e cosmética, brinquedos e jogos e, por último, experiências, como viagens, concertos ou vouchers. Ainda assim, 10% dos participantes afirma que não pretende oferecer presentes este Natal.
Quanto às formas de pagamento, a liderança vai para o cartão de débito, sendo escolhido por 41% dos consumidores. Logo a seguir, surge o MB Way com 22%, seguido do dinheiro em numerário (21%) e do cartão de crédito (17%). As transferências bancárias e outros métodos apresentam uma utilização mais residual.
Já de contas feitas, os dados revelam um Natal vivido com alguma contenção, mas sem perder o espírito de partilha. Entre orçamentos mais apertadas ou pequenos luxos, os portugueses continuam a procurar um equilíbrio entre celebrar em família e manter as finanças sob controlo.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt