Passos diz que ‘nível lixo’ é “um murro no estômago”
O primeiro-ministro considera o corte de rating feito esta terça-feira pela agência Moddys como um “murro no estômago”. A expressão foi usada por Passos Coelho na reunião que manteve esta manhã, na residência oficial do primeiro-ministro em S. Bento, com a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e a Confederação Espanhola de Organizações Empresariais (CEOE).
Segundo António Saraiva, presidente da CIP, o primeiro-ministro mostrou-se esta quarta-feira surpreendido e desiludido com o corte da Moody's, mas está “determinado em não reagir negativamente” à decisão, preferindo encará-la como um “estímulo” para que Portugal possa sair rapidamente desta situação.
António Saraiva criticou igualmente a decisão da Moody's, considerando-a “subjectiva e especulativa até”, já que assenta em “perspectivas futuras” que não levam em linha de conta nem a estabilidade governamental em Portugal nem as recentes medidas de combate ao défice, disse referindo-se concretamente ao corte no subsídio de Natal, medida que considerou “corajosa”.
Para o presidente da CIP, as decisões das agências de são “ataques cirúrgicos” e questionou: “O que pretendem as agências de rating? Que façamos o pino?”
TGV REAVALIADO
A suspensão do projecto do TGV Lisboa-Madrid foi outro dos temas abordados na reunião. Segundo Juan Rosell, presidente da CEOE, Passos Coelho adiantou que o projecto terá de ser reavaliado e que o primeiro-ministro português vai em breve reunir-se com o Governo espanhol para explicar “o que pode e não pode Portugal fazer”.
Para o ‘patrão’ dos empresários espanhóis trata-se de uma “inversão” de posição de Portugal que “a Europa tem também uma palavra a dizer por causa dos financiamentos”.
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