Poder de compra em Portugal sobe para 82,4% da média europeia em 2024
País está na 15.ª posição entre os 20 países da zona euro e a 18.ª da União Europeia.
O poder de compra em Portugal aumentou para 82,4% da média europeia em 2024, 1,3 pontos percentuais acima de 2023, mantendo o país a 15.ª posição entre os 20 países da zona euro e a 18.ª da União Europeia.
Segundo dados preliminares divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), entre 2023 e 2024 o Produto Interno Bruto (PIB) 'per capita' de Portugal, expresso em Paridades de Poder de Compra (PPC), passou de 81,1% para 82,4% da média da União Europeia (UE), mantendo-se, contudo, as posições do país nos 'rankings' europeus destes indicadores.
No que se refere à Despesa de Consumo Individual 'per capita', apontada pelo INE como "um indicador mais apropriado para refletir o bem-estar das famílias" (enquanto o PIBpc é sobretudo um indicador do nível de atividade económica), fixou-se em 85,7% da média da União Europeia em 2024, mais 0,2 pontos percentuais do que no ano anterior.
Neste indicador, Portugal ocupava a 15.ª posição na zona euro e a 17.ª na União Europeia, o que compara com a 14.ª e a 16.ª posições, respetivamente, no exercício anterior.
No ano passado, Portugal, com um índice de PIB 'per capita' (PIBpc) de 82,4, mantinha a 15.ª posição entre os 19 Estados-membros da zona euro, abaixo de países como a Lituânia (87,5), Eslovénia (90,4) e Espanha (91,2) e à frente da Estónia (79,0), Croácia (77,7) e Eslováquia (74,6).
Em termos nominais, o PIBpc de Portugal aumentou 5,9% em 2024, determinado pelo aumento nominal do PIB (7,1%), tendo a população aumentado moderadamente face ao ano anterior.
Globalmente, o INE dá conta de uma "elevada dispersão" do indicador de volume do PIBpc medido em PPC nos 27 Estados-membros da UE: O Luxemburgo (244,6) apresenta o índice mais elevado entre os 36 países, correspondendo a mais de duas vezes a média da UE27 e quase quatro vezes superior ao da Bulgária (65,9), o país da UE com o valor mais baixo.
O coeficiente de variação do PIBpc nos 36 países considerados no exercício situou-se em 45,1%, valor inferior aos 46,2% registados em 2023.
Entre 2023 e 2024, o INE diz terem-se verificado "variações significativas" dos índices de volume do PIBpc, medido em PPC, com reduções em 16 dos 36 países analisados, tendo-se os maiores decréscimos registado na Noruega (-8,5 pontos percentuais), na Islândia (-4,8 pontos percentuais) e no Luxemburgo (-3,3 pontos percentuais).
Em sentido contrário, salientam-se os aumentos dos índices de volume do PIBpc da Albânia (4,0 pontos percentuais), da Irlanda (3,7 pontos percentuais) e da Holanda e Sérvia (3,1 pontos percentuais).
Relativamente à Despesa de Consumo Individual 'per capita' (DCIpc), em 2024, para os 36 países considerados no exercício, o coeficiente de variação deste indicador foi 25,8%, cerca de 19 pontos percentuais inferior ao do PIBpc.
Segundo explica o INE, o PIBpc, "por integrar componentes adicionais sujeitas a maior volatilidade, tende a apresentar maior dispersão entre países quando comparada com a DCIpc".
Apesar da menor dispersão em comparação com o PIBpc, o instituto estatístico dá, ainda assim, conta de "diferenças substanciais" da DCIpc entre os Estados-membros da UE.
O INE alerta que os resultados hoje divulgados "devem ser analisados com prudência, particularmente em termos de evolução temporal, uma vez que ao longo do tempo verificam-se alterações de diferente natureza".
Em causa estão, nomeadamente, alterações ao nível da seleção do cabaz comum de bens e serviços em comparação, dos métodos e fontes dos preços utilizados no exercício PPC e da revisão de valores da contabilidade nacional.
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