PSI 20 valoriza-se quase 30 por cento
O índice mais importante da praça financeira portuguesa progrediu 29,92 por cento este ano, a segunda maior percentagem de ganho da Zona do Euro. Na primeira posição ficou o espanhol Ibex 35, que subiu 31,79 por cento, para os 14.147 pontos. Seguiu-se o finlandês HEX 25, com um ganho de 26,47 por cento. O alemão Dax e o francês Cac 40 avançaram 21,98 e 17,53 por cento respectivamente.
O sinal positivo generalizado deveu-se a vários motivos, de acordo com Ricardo Valente, presidente da Personal Value – Gestão de Patrimónios. Um deles, o crescimento dos “lucros das empresas”, com “balanços” financeiros “sólidos”. Ricardo Valente lembra que “a economia mundial está a crescer de forma concertada e menos dependente do comportamento norte-americano, o que suporta a perspectiva de que ainda não foi atingido o pico no crescimento de resultados das empresas”.
Outra das justificações do responsável da Personal Value para as fortes valorizações dos mercados accionistas europeus de referência é “a diminuição do preço do petróleo”, a qual “possibilita a reposição de margens por parte de muitas indústrias”, além de “reduzir as pressões inflacionistas.” Aliás, “a inflação continua controlada nos principais blocos económicos”.
Ricardo Valente afirma ainda que, devido à forte liquidez que existe no sistema financeiro, “as acções são a classe de activos com melhor avaliação relativa. “ Ou seja: é difícil “encontrar potencial e valorização nas obrigações, principalmente perante o contínuo crescimento económico a nível mundial.”
GRUPO ALTRI FOI CAMPEÃO
Os títulos do grupo industrial Altri foram os do PSI 20 que mais subiram este ano. O agrupamento empresarial presidido por Paulo Fernandes – e do qual fazem parte a Celulose do Caima, Celbi e outras unidades industriais – progrediu 167,11 por cento, para 4,06 euros.
Na segunda posição dos títulos ganhadores ficou a Mota-Engil. A construtora terminou o ano a valer 5,14 euros, com uma progressão de 58,15 por cento. Seguiu-se o BPI, que ganhou 53,11 por cento, para 5,91 euros.
Dos pesos-pesados, a EDP foi o mais valorizado. A energética avançou 47,69 por cento, para 3,84 euros. O BCP e a PT ganharam 20,17 e 15,09 por cento respectivamente.
A Sonaecom, Cimpor, Jerónimo Martins e Brisa tiveram valorizações superiores a 30 por cento.
Dos papéis cotados no principal índice da Euronext Lisboa só os da Impresa, Novabase e Pararede fecharam negativos.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt