"Quem mantiver rendimentos vai ter de contribuir pesadamente para um esforço de solidariedade": Daniel Bessa sobre coronavírus

Economista defende que empresas e as pessoas que conseguirem manter lucros durante pandemia "vão ter de contribuir pesadamente".

07 de abril de 2020 às 16:28
Daniel Bessa, COTEC Portugal, Associação Empresarial para a Inovação, economia, negócios e finanças, associações empresariais Foto: Bruno simão/Jornal de Negócios
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As empresas e as pessoas que conseguirem durante a atual crise manter lucros e rendimentos "vão ter de contribuir pesadamente" para um esforço de solidariedade, defende o economista Daniel Bessa em entrevista à agência Lusa.

"Quem, por esta ordem, for capaz de manter lucros, salários e pensões vai ter de contribuir. Vai ter de contribuir pesadamente e com progressividade", salienta o professor universitário, deixando claro que não quer ver lucros ou rendimentos a baixar, antes pelo contrário, para que possam contribuir para um esforço de solidariedade, de partilha da austeridade.

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"É evidente que não se pode pedir a quem tem uma pensão mínima ou um salário mínimo esse esforço, mas consideraria repugnante que, quando terminar a fase de negação que estamos a atravessar, no momento próprio, mais cedo do que tarde, os rendimentos que sobreviverem não sejam chamados a pagar a sua parte", explica o antigo ministro da Economia no governo socialista liderado por António Guterres.

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