Ricardo Salgado absolvido no processo de Teresa Guilherme
Tribunal Cível de Lisboa absolveu banqueiro, por falta de provas, na ação interposta por Teresa Guilherme.
Ricardo Salgado foi absolvido, por falta de provas, na ação cível que Teresa Guilherme interpôs contra si, enquanto ex-líder do BES e do Grupo Espírito Santo (GES), em 2016.
A apresentadora ainda pode recorrer desta decisão para o Tribunal da Relação de Lisboa, mas ainda não tomou uma decisão sobre o assunto. Teresa Guilherme corre sérios riscos de perder 2,35 milhões de euros aplicados em papel comercial do GES.
A sentença do Tribunal Cível de Lisboa data de 12 de setembro, dia seguinte à realização da audiência prévia do julgamento. Confrontada pelo CM com esta situação, a apresentadora de televisão confirmou que já tinha conhecimento da sentença do tribunal.
Questionada se tencionava recorrer desta decisão para o Tribunal da Relação de Lisboa, Teresa Guilherme afirmou: "O julgamento começou, e um dia depois a sentença saiu e ele foi absolvido. Recorrer para quê?"
Além de Salgado, o Tribunal Cível de Lisboa absolveu também o Haitong Bank (ex-BESI) e a Gnb - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário (ex-ESAF - Espírito Santo Ativos Financeiros). O tribunal considerou a ação da apresentadora contra o banqueiro e os restantes réus "totalmente improcedente, por não provada." E, por esse motivo, absolveu todos os réus.
Com esta sentença, o antigo líder do BES e do GES já foi absolvido duas vezes neste processo: Salgado fora absolvido a 26 de junho de 2018, mas Teresa Guilherme recorreu dessa decisão para o Tribunal da Relação de Lisboa, onde ganhou. Com o regresso da ação ao tribunal de primeira instância, o banqueiro foi agora de novo absolvido.
Teresa Guilherme e duas empresas por si geridas investiram, em 2013 e 2014, um total de 2,35 milhões de euros em obrigações da Espírito Santo International (ESI), empresa cuja dívida oculta esteve na origem do colapso do GES, em 2014.
PORMENORES
Investimentos na ESI
O investimento de 2,35 milhões de euros em obrigações da ESI foi assim distribuído: 1,6 milhões de euros por Teresa Guilherme, SA; 703 mil euros por Teresa Guilherme a título pessoal; 151 mil euros por Teresa Guilherme, SGPS, SA.
Juros de 116 mil euros
Teresa Guilherme reclamou o pagamento de juros de mais de 116 mil euros, pelo investimento em obrigações da ESI. Entre capital e juros, o prejuízo supera os 2,46 milhões de euros.
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