Só um quarto do valor do PRR chegou ao terreno
5,6 mil milhões de euros foram pagos ao beneficiários, 25% do total disponível. Autarquias e áreas metropolitanas sentem a maior discrepância, ao ter apenas 17% das verbas pagas.
Apenas um quarto do valor do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) entregue a Portugal foi pago aos beneficiários, de acordo com o relatório semanal da Comissão de Acompanhamento.
Isto significa que chegaram ao terreno 5,6 mil milhões de euros da ‘bazuca’ europeia, sendo que o País já tem disponível 22 mil milhões de euros destes fundos. No espaço de um mês, o valor subiu 274 milhões de euros.
A maior discrepância está nos montantes para autarquias e áreas metropolitanas, que receberam 589 milhões dos 3,4 mil milhões de euros em projetos aprovados, ou seja, 17% do total.
Quanto aos diferentes tipos de investimentos, os mais avançados são a Escola Digital (48%), os relacionados com o Mar (38%) e os de Inovação (34%). Por outro lado, as verbas para Gestão Hídrica (13%), o Serviço Nacional de Saúde (16%) e Mobilidade Sustentável (16%) são os que estão mais atrasados.
Portugal tem até 2026 para implementar os investimentos do PRR. Para acelerar a aplicação dos fundos, o Governo decidiu dispensar a revisão obrigatória de projetos.
PRR “foi maldição” em alguns casos
Autarcas de Almada e de Lisboa afirmaram que “nalguns casos” o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “foi uma maldição.”
As declarações foram feitas pela líder do município da Margem Sul do Tejo, Inês de Medeiros, e partilhadas pela vereadora da Habitação de Lisboa, Filipa Roseta, que garantiu que “tudo isto é um inferno” e que parte da execução do PRR “falhou.”
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