Subsídio das férias aplicado em Certificados de Aforro. Montante ultrapassa os 38 mil milhões de euros

Valor aplicado neste instrumento de poupança cresce no mês em que a maioria recebeu subsídio de férias.

23 de agosto de 2025 às 01:30
Certificados de aforro Foto: Mariline Alves
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O investimento em Certificados de Aforro continua a subir, tendo atingido em julho, mês em que a generalidade dos trabalhadores recebeu o subsídio de férias, um montante total de 38,2 mil milhões de euros, o que traduz um novo máximo histórico. Segundo os dados do Banco de Portugal (BdP), as famílias portuguesas aplicaram no mês passado mais 404,31 milhões de euros em Certificados de Aforro.

Mantém-se assim a trajetória de aceleração do montante aplicado neste instrumento de poupança do Estado, uma vez que em junho tinha avançado 319 milhões de euros.

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Já face ao período homólogo, estavam aplicados pelos portugueses 33,9 mil milhões de euros, tendo sido esta uma tendência durante vários meses em 2024. Desde outubro de 2024 começou a registar-se uma subida, com novos máximos a serem atingidos no mês julho de 2025, mesmo com a remuneração dos Certificados de Aforro a encolher.

De recordar que neste mês de agosto a taxa de juro dos Certificados de Aforro continua em tendência de descida já pelo quinto mês consecutivo, com a remuneração a baixar para 1,9871% para as novas subscrições. Isto significa que os aforristas estão a receber menos, sendo este o valor mais baixo desde setembro de 2022. Aos dias de hoje o rendimento dos Certificados já não é suficiente para combater a inflação, que em junho se fixou nos 2,4%.

Conforme as estimativas do BdP, a inflação prevista para este ano é de 2,3%, o que indica que as poupanças aplicadas quer em Certificados de Aforro quer em depósitos a prazo arriscam-se a perder valor real em 2025.

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