Vencedor da corrida à EDP paga 600 milhões
O valor inicial indicativo a pagar pelo vencedor à compra de uma posição na EDP, no âmbito do programa de reprivatização da eléctrica portuguesa, é de 600 milhões de euros, segundo o despacho divulgado esta segunda-feira em Diário da República. <br/><br/>
"O montante da prestação pecuniária incial a efectuar nos termos do n.º1 do artigo 15.º do caderno de encargos anexo à resolução do conselho de ministros (...) é fixado em 600 milhões de euros relativamente a uma oferta vinculativa de aquisição das acções representativas de 21,35% do capital social da EDP - Energias de Portugal", refere o despacho do gabinete do Ministério das Finanças.
O pagamento da prestação pecuniária inicial, adianta, "deve ser efectuado até ao momento da celebração dos instrumentos jurídicos a estabelecer para a concretização da venda directa de referência", no âmbito da oitava fase do processo de reprivatização da EDP.
Na sexta-feira, os quatro grupos concorrentes à privatização da EDP entregaram as propostas vinculativas à compra da posição pública na elcétrica, processo que deverá estar concluído até ao final de Janeiro do próximo ano.
Segundo disse à Lusa uma fonte ligada ao processo, até às 17h00 de sexta-feira, hora limite para a entrega das propostas, a alemã E.ON, a chinesa Three Gorges e as brasileiras Eletrobras e Cemig fizeram chegar à Parpública, a gestora das participações públicas, as ofertas pelos 21,35% do capital da empresa liderada por António Mexia
A Lusa contactou os quatro candidatos, mas nenhum quis fazer comentários ou adiantar pormenores sobre as respectivas propostas.
Pelo caminho ficaram a indiana Birla, por não satisfazer as condições do governo societário nem o preço, e a japonesa Marubeni devido a uma avaliação menos satisfatória do projecto estratégico.
Além do preço, as propostas em matéria de governo da sociedade e o projecto estratégico para a eléctrica dentro e fora de Portugal serão critérios de escolha, a par com o contributo que o comprador prometa dar à economia nacional.
Segundo o Jornal de Negócios, o negócio deverá permitir ao Estado encaixar entre 2,3 e 2,7 mil milhões de euros.
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