Banca empresta 747 milhões às famílias para a compra de habitação no início deste ano.
Janeiro foi o melhor dos últimos cinco anos em crédito para compra de casa
Os bancos em Portugal concederam crédito no valor de 747 milhões de euros para a compra de casa em janeiro deste ano, menos 156 milhões de euros do que o mês anterior, mas ainda assim o arranque anual mais alto dos últimos anos.
Os dados foram divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal que, em junho, apertou as regras ao crédito.
O valor dos empréstimos à habitação caiu pelo quarto mês consecutivo, mas os dados revelam que este foi o janeiro mais elevado dos últimos cinco anos.
O Banco de Portugal apertou as regras para a concessão de crédito aos particulares em junho de 2018. Nesse mês, o crédito à habitação atingiu o valor mais alto dos últimos anos: 990 milhões de euros. É preciso recuar até junho de 2010 para encontrar um valor mensal superior no crédito à habitação, ou seja, cerca de mil milhões de euros.
Já a taxa de juro média de janeiro foi de cerca de metade do valor de 2015, descendo de 2,78% em janeiro de 2015 para 1,40% em janeiro deste ano. Esta descida facilitou o acesso ao crédito pelas famílias que, em conjunto com a atuação de investidores, acabaram por impulsionar o mercado.
A Comissão Europeia manifestou-se preocupada com esta situação nos países da Zona Euro, nomeadamente Portugal, Irlanda e Eslovénia, sobretudo com o impacto da execução das hipotecas num contexto da explosão de uma ‘bolha imobiliária’ em termos europeus.
Num documento divulgado ontem, Bruxelas recorda que os preços das casas começaram a recuperar "timidamente a partir de 2013, refletindo um contexto de baixas taxas de juro".
Entretanto, os volumes de novas operações para consumo e outros fins totalizaram os 338 e 133 milhões de euros, respetivamente, o que compara com os que foram emprestados um mês antes: 396 milhões e 182 milhões.
No crédito ao consumo e para outros fins, as taxas de juro médias registadas em janeiro foram de, respetivamente, 7,30% e 4,40%.
PORMENORES
Euribor negativa
Os empréstimos indexados aos prazos Euribor a três e seis meses têm beneficiado com os valores negativos das taxas registadas, o que se traduz em prestações mensais mais baixas.
Avaliação bancária
O ano de 2018 terminou com o valor médio da avaliação bancária na habitação em 1220 euros por m2, o que traduz um aumento de 6,1% em termos homólogos e corresponde a um novo máximo histórico da série que se iniciou em 2008.
Licenças municipais
As câmaras municipais licenciaram, no ano passado, 19 800 alojamentos novos, o que representa um acréscimo de 40,2% face a 2017 e corresponde ao melhor registo deste indicador desde 2010.
Oferta necessária
Para atenuar os problemas habitacionais, seria necessário introduzir no mercado cerca de 70 mil casas novas, metade das quais em Lisboa e Porto, segundo a associação do setor.
Prestação média
A prestação média vencida fixava-se em janeiro em 244 euros, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, que quantifica a dívida média das famílias em 52 504 euros.
Consumo de cimento
O consumo de cimento observou em fevereiro um acréscimo de 4,1%, em termos homólogos, sendo necessário recuar até ao ano 2012 para se encontrar um ano com um consumo superior.
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