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Correio da Manhã

Economia
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Bancos perdem 2,1 mil milhões de euros para certificados de aforro

Certificados de aforro são produtos com capital garantido e podem ser resgatados três meses depois da subscrição.
Raquel Oliveira 28 de Março de 2023 às 01:30
Investimento em certificados de aforro aumenta, com o dinheiro a sair dos depósitos a prazo para este instrumento financeiro
Investimento em certificados de aforro aumenta, com o dinheiro a sair dos depósitos a prazo para este instrumento financeiro FOTO: João Cortesão
Os portugueses tinham, no final de fevereiro, quase 178 mil milhões de euros depositados nos bancos, menos 2,1 mil milhões do que no mês anterior, de acordo com o Banco de Portugal. Em contrapartida, as subscrições de dos certificadosde aforro aumentaram 2,6 mil milhões de euros.

A falta de atratividade dos juros pagos pelos bancos - que entretanto já começaram a aumentar - começou a levar os portugueses a transferirem as poupanças para os certificados de aforro, que estão a beneficiar da subida da taxa Euribor a três meses. Em março, a taxa de juro bruta para novas subscrições, e capitalizações, foi fixada em 3,50%, o máximo previsto na lei.

Não é de estranhar, por isso, a transferência dos depósitos a prazo para este instrumento financeiro, que superou em fevereiro os 25 mil milhões de euros, o valor mais elevado desde 1998. A subscrição pode ser feita aos balcões dos CTT.

Os certificados de aforro são produtos com capital garantido e podem ser resgatados três meses depois da subscrição. O valor mínimo exigido é de 100 euros, podendo cada titular investir até 250 mil euros.

Os juros, com periodicidade trimestral, têm capitalização automática. Este instrumento de dívida pública compensa os subscritores com mais 0,5% a partir do segundo ano e 1% a partir do sexto ano, até ao décimo ano.

Já o ‘stock’ de depósitos das empresas recuou em 1800 milhões de euros em fevereiro face a janeiro, para 64 100 milhões de euros, tendo crescido 5,1% relativamente a fevereiro de 2022, um abrandamento em relação aos 9,1% observados em janeiro.
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