Antes da falência do SVB esperava-se um aumento das taxas de juro em mais 50 pontos base.
O Banco Central Europeu (BCE) reúne-se esta quinta-feira para decidir sobre o aumento das taxas de juro, numa altura em que soam alertas para a incerteza do endurecimento monetário devido à turbulência bancária.
A instituição presidida por Christine Lagarde indicou recentemente ser provável um aumento das taxas de juro em mais 50 pontos base, mas a falência do Silicon Valley Bank (SVB), nos Estados Unidos, e as suas repercussões em outras instituições bancárias criaram um desafio adicional para o BCE quanto à subida das taxas de juro para travar a inflação.
A instituição pode "aumentar menos" as taxas, após a subida que é esperada para esta quinta-feira, considerou Robert Halver, analista do Baader Bank, citado na terça-feira pela AFP.
Trata-se de "aliviar a pressão", quando "o sobreendividamento é muito significativo na economia" e as taxas elevadas podem fragilizar ainda mais os bancos, explicou o mesmo analista.
Na segunda-feira, face ao nervosismo nos mercados com a agitação no sistema financeiro, após o colapso do SVB e dificuldades em várias outras entidades bancárias norte-americanas, os dirigentes europeus tentaram acalmar os ânimos, afirmando que não há risco de contágio e que "o sistema bancário é sólido", repetindo uma afirmação que o próprio Presidente norte-americano, Joe Biden, fez logo de manhã, numa declaração na Casa Branca.
Quando esta turbulência financeira vinda dos Estados Unidos estava longe de surgir, a presidente do BCE, Christine Lagarde, anunciou, ainda em fevereiro, que seria quase certo um novo aumento de 50 pontos base nas taxas de juro na reunião de março.
Lagarde repetiu essa intenção em várias intervenções públicas, numa altura em que a inflação na zona euro continua a evoluir em níveis que ultrapassam largamente a meta de 2% a médio prazo fixada pelo BCE.
Depois do aumento de preços que se seguiu à ofensiva russa na Ucrânia, o BCE iniciou em julho passado um ciclo inédito de subida das taxas de juro, pondo fim a uma década de dinheiro barato.
Mas, o consenso alcançado até agora no Conselho do BCE quanto ao endurecimento da política monetária deverá dar lugar a "um debate muito animado" na reunião desta quinta-feira sobre o que se segue, segundo Carsten Brzeski, economista da ING.
Os defensores de uma política mais flexível por parte da instituição monetária poderão defender uma abordagem mais prudente a partir de agora, contra a continuação de aumentos mais agressivos no custo do dinheiro que tem sido preconizada pelos chamados 'falcões'.
Lagarde tem afirmado que fará "tudo o que for preciso" para restabelecer a estabilidade de preços.
A taxa de inflação na zona euro recuou em fevereiro pelo quarto mês consecutivo e passou para 8,5%, quando tinha ficado em 8,6% em janeiro, segundo o Eurostat, mas a inflação subjacente, que exclui os preços da energia e dos alimentos e é considerada mais representativa das tendências a longo prazo, atingiu um nível recorde de 5,6% em fevereiro.
O BCE divulga esta quinta-feira novas previsões de crescimento e de inflação que ajudam a reavaliar a situação e a definir a futura orientação.
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