Na sequência da acção cível interposta por António Manuel Ribeiro de Almeida contra o BCP, o tribunal condenou o banco a indemnizar o cliente, em Outubro de 2011. O queixoso alegou que um funcionário do BCP "tratara de o enganar por duas vezes: primeiro comprando o que o mesmo não dera ordem e, depois, omitindo toda a informação que lhe permitiria não perder dinheiro, pois não venderia."
Da indemnização de mais de 158 mil euros destacam-se, segundo a acção executiva de penhora, as perdas financeiras de 95 336 €, acrescido de juros de mora, em vários fundos de investimento.
Além de ter recorrido da sentença, o BCP, no final de 2011, requereu também a prestação de caução, mas o tribunal negou esse pedido.
IMÓVEL DO BANCO EM CAUSA
O imóvel do BCP na rua Augusta, em Lisboa, é também alvo da penhora de António Manuel Ribeiro de Almeida. O edifício, que tem um importante núcleo museológico, é um dos activos imobiliários mais simbólicos do banco liderado por Nuno Amado.
Os achados arqueológicos foram encontrados durante as obras de remodelação desse prédio pombalino entre 1991 e 1995. Na sequência da perfuração do pavimento, foram descobertos vestígios de civilizações que habitaram em Lisboa ao longo dos tempos.
O espaço museológico está agora aberto a visitas diárias do público, com excepção dos domingos e feriados. Até agora, já visitaram esse espaço mais de 110 mil pessoas.