Diferendo na concessão Douro Litoral chega ao fim
Credores reconhecidos como acionistas desistem de processo contra a concessionária Brisa.
Diana Ramos
6 de Março de 2021 às 10:13
O processo é longo e complexo. O diferendo entre a Brisa e os fundos credores da concessão rodoviária Douro Litoral chegou ao fim: os fundos são reconhecidos como acionistas e entram na gestão da empresa gerida por Pires de Lima, desistindo dos processos judiciais.
A informação é avançada pelo ‘Negócios’, que cita fonte oficial da Brisa. “Confirma-se que, na sequência do memorando de entendimento assinado em julho de 2019, e depois de obtida a autorização do concedente, a concessionária Autoestradas do Douro Litoral passou a ser integralmente detida pelo consórcio liderado pela Strategic Value Partners, ficando concluída a transação.”
Os fundos Strategic Value Partners e Cross Ocean compraram uma dívida da Douro Litoral à Banca e reclamaram-na junto da Brisa, no valor de 868,9 milhões de euros. Ainda chegaram a propor um perdão de 60%, mas a Brisa considerou a proposta inaceitável. Nessa fase do litígio, a concessionária voltou a nomear os anteriores gestores, deixando de fora os fundos. Só em julho de 2019 houve acordo para a saída destes e entrada dos credores como acionistas. E só agora a mudança foi formalmente feita, com a indicação dos fundos de nomes para os órgãos sociais: José Custódio dos Santos e Leonardo Mathias entram na nova administração, segundo o ‘Negócios’.
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