O projeto InovGrid teve um teste piloto em Évora, onde abrangeu 30 mil clientes.
"Sendo um projecto bem sucedido, há que fazer a sua expansão e este ano pretendemos alcançar mais de 100 mil consumidores em sete municípios", referiu Martins da Costa, do conselho de administração da EDP, na apresentação do projecto, na Marinha Grande.
O concelho da região Centro foi um dos municípios eleitos para aplicar o projecto, tendo em conta a sua "forma de consumo e o tipo de clientes", entre os quais as empresas.
Até ao final do ano, os contadores dos munícipes da Marinha Grande serão substituídos por uma "espécie de box", na qual é registada toda a informação.
"A vantagem destes novos contadores é que, além da leitura normal, permitem controlar o fluxo de energia, detectar e resolver situações anómalas à distância e ter acesso a toda a informação da rede através do computador, PDA", entre outros, explicou outro responsável da eléctrica, São Miguel Oliveira.
"O objectivo é melhorar a qualidade e reduzir os custos para os consumidores. É um novo modo de abordar as redes de distribuição, chamadas redes inteligentes", salientou.
São Miguel Oliveira acrescentou que, ao ter informação detalhada sobre a utilização da energia, o cliente pode utilizar todos os dados em seu benefício: "Através da eficiência energética é possível obter ganhos na factura final, que passa a ter leituras reais".
A informatização de todo o sistema irá permitir ainda a gestão remota da iluminação pública, a telecontagem à distância e a resolução mais rápida dos problemas.
Todo este sistema possibilita aos clientes "tarifários mais flexíveis e adequados ao perfil do consumidor".
O presidente da Câmara da Marinha Grande, Álvaro Pereira, considerou que o InovGrid é o "futuro da distribuição de energia como uma resposta inteligente e eficiente".
"Nesta experiência serão instalados sistemas de informação e equipamentos inteligentes, na rede de electricidade, com o intuito de automatizar a gestão de rede, melhorando a qualidade de serviço, reduzindo custos operacionais e promovendo a eficiência energética e sustentabilidade ambiental", acrescentou o autarca.
Álvaro Pereira adiantou ainda que o novo sistema permitirá "garantir um maior controlo dos consumos por parte dos consumidores" e a consequente "redução dos custos de energia".
Nesta segunda fase, o projecto vai ser adoptado aos municípios de Alcochete, Batalha, Faro, Guimarães, Lamego, Marinha Grande e S. João da Madeira.