A alemã Mutares ganhou a corrida à reprivatização da Efacec, e ficará com os 71,73% do capital da empresa detidos pelo Estado, anunciou esta quarta-feira o ministro do Mar e da Economia.
"A proposta foi meticulosamente analisada", disse António Costa Silva. O governante disse que houve três fatores principais que levaram o Governo a escolher a proposta alemã: "Assegura a continuação da Efacec, a preservação da força de trabalho e minimiza os encargos para o Estado, que poderá recuperar grande parte, senão a totalidade do investimento que fez na empresa", afirmou.
Além dos alemães, mais dois fundos, a Oxu Capital e a Oaktree, e um agrupamento industrial formado pela Visabeira e a Sodecia, estavam na corrida à aquisição da participação do Estado.
Chega assim ao final um processo que remonta ao verão de 2020, quando o executivo nacionalizou os 71,73% do capital da empresa que eram detidos por Isabel dos Santos. A decisão aconteceu na sequência do envolvimento da empresária angolana no escândalo Luanda Leaks.
Desde que foi nacionalizada, a Efacec acumulou prejuízos de 310 milhões de euros
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A Mutares é uma holding industrial alemã cotada na bolsa de Frankfurt
. A 1 de junho tinha uma capitalização bolsista de 492 milhões de euros.
Os outros acionistas da Efacec são o Grupo José de Mello com 14% e a Têxtil Manuel Gonçalves que detém 14,27%.