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Correio da Manhã

Economia
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Famílias fecham 2022 com 182,4 mil milhões em depósitos. Crescimento desacelera há dois anos

Tanto o crédito à habitação como os depósitos nos bancos abrandaram o ritmo de crescimento em 2022.
Jornal de Negócios 27 de Janeiro de 2023 às 12:16
Prestações dos empréstimos para comprar casa agravam-se nos contratos indexados aos prazos mais longos da Euribor
Prestações dos empréstimos para comprar casa agravam-se nos contratos indexados aos prazos mais longos da Euribor FOTO: Jorge Miguel Gonçalves
O crescimento dos depósitos das famílias em Portugal desacelerou pelo segundo ano consecutivo. Ainda assim, no final de 2022, o montante total de poupanças estacionadas nos bancos em Portugal era de 182,4 mil milhões de euros, mais 9,6 mil milhões do que no final de 2021.

"À semelhança dos empréstimos concedidos aos particulares, também o crescimento dos depósitos tem vindo a desacelerar: de 8,1% em 2020 abrandou para 6,6% em 2021 e para 5,4% em 2022", explica o Banco de Portugal num relatório divulgado esta sexta-feira.

Neste último ano, o abrandamento foi mais expressivo nos meses de novembro e dezembro. A entrada de dinheiro nos depósitos no último mês do ano foi de 188 milhões de euros. O montante continua, contudo, abaixo do máximo histórico tocado em julho: 182,7 mil milhões de euros.


"Stock" de crédito à habitação no valor mais alto desde 2015
No que diz respeito ao crédito, o montante de empréstimos concedidos para habitação pelos bancos aos particulares era, no final de 2022, de 100,3 mil milhões de euros. O valor representa um máximo desde abril de 2015, com um aumento de 3,4 mil milhões face a dezembro de 2021.

Os empréstimos à habitação cresceram 3,6% em relação a 2021. No entanto, a evolução diferiu ao longo do ano, aponta o Banco de Portugal.

No primeiro semestre, a concessão de empréstimos acelerou e, a partir da segunda metade do ano, num contexto de subida das taxas de juro, abrandou consecutivamente. "Este movimento de desaceleração foi semelhante ao registado na área do euro", diz.

Já o montante de empréstimos ao consumo acelerou ao longo do ano. Depois de ter crescido 2,4% em 2021, cresceu 6% em 2022.


(Notícia atualizada às 11:40)
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