"Mantivemos a taxa e esperamos mais dados. Queremos ver, de facto, evidências convincentes de que alcançámos o nível apropriado" de subidas, disse Jerome Powell, em conferência de imprensa posterior à reunião da comissão de política monetária da Fed (FOMC, na sigla em Inglês).
Depois de 11 subidas consecutivas da taxa de juro de referência desde março de 2022, a Fed anunciou esta quarta-feira uma pausa nestas subidas.
"Vimos avanços e agradecemo-los. Mas, já sabem, necessitamos de ver mais avanços antes de estarmos dispostos a acabar com as subidas", disse Powell.
A reunião da FOMC concluiu com a manutenção da taxa de juro de referência no intervalo entre 5,25% e 5,50%.
O índice de preços no consumidor, expresso em termos homólogos, caiu de um máximo de 9,1% em junho de 2022 para 3,7%. Mas este valor ainda está bem acima do objetivo da Fed (2,0%).
As subidas da taxa de juro pela Fed elevaram de forma significativa os custos dos empréstimos para consumidores e empresários.
A gestão da taxa de juro pela Fed procura fazer com que a economia dos EUA arrefeça para uma designada 'aterragem suave', o que significa combater o crescimento dos preços sem provocar uma recensão.
A decisão da FOMC de hoje realça a ideia de que mesmo que os responsáveis monetários considerem que atingiram um máximo na taxa de juro de referência, contudo vão mantê-la ou nas proximidades desse máximo durante um período prolongado.
Além de admitirem a necessidade de uma subida suplementar até ao final do ano, os dirigentes da Fed admitem agora manter a taxa elevada durante 2024.
A expectativa agora é a de se verificar duas descidas da taxa em 2024, em vez das quatro que se previam em junho.
A previsão é a de que a taxa de juro de referência da Fed encerre 2024 nos 5,1%, um nível mais elevado do que esteve desde a recessão de 2008-2009 até maio deste ano.