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Guerra das tarifas trava corte das taxas de juros

Banco Central Europeu fala numa “pausa” e deixa a taxa dos depósitos nos 2%.

25 de julho de 2025 às 01:30

“Pode dizer-se que estamos em pausa”. Foi assim que a presidente do Banco Central Europeu resumiu a decisão de interromper a série de sete descidas dos juros, mantendo a taxa diretora dos depósitos nos 2%, o valor mais baixo desde o início de 2023. A guerra das tarifas lançada por Donald Trump, as consequentes represálias e os reflexos disso pesaram na posição, anunciada na quinta-feira por Christine Lagarde.

O Conselho de Governadores traçou um cenário “excecionalmente incerto, especialmente devido aos conflitos comerciais”, e a responsável pela política monetária pede rapidez a encontrar uma solução. “Quanto mais cedo esta incerteza comercial for resolvida (...), com menos incerteza teremos de lidar, e isso seria bem recebido por qualquer agente económico, incluindo nós próprios”, afirmou, em conferência de imprensa, após a reunião que decorreu em Frankfurt, Alemanha.

O euro tem negociado nos 1,17 dólares, perto de máximos de quatro anos. Lagarde disse que a taxa de câmbio se trata apenas de um indicador, considerado, por exemplo, para as previsões quanto ao preço dos bens e dos serviços. Sobre esta matéria, acredita, o pior já passou. “Estamos confiantes de que já ultrapassámos o choque inflacionista dos últimos anos, e agora o nosso trabalho é olhar para o que aí vem”, sublinhou. A expectativa é de que a inflação fique abaixo dos 2% no próximo ano.

Sem surpresas para o mercado, tanto as taxas de juro das operações de refinanciamento como de facilidade permanente de liquidez permanecem inalteradas, em 2,15% e 2,40%, respetivamente.

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