O alargamento do crime a todos os cidadãos já não é o principal entrave, o princípio – em tese – até é aceite pelo CDS, mas não é um tema encerrado. O projecto inicial, aprovado, só incluía titulares de cargos políticos e públicos.
Numa semana em que se realizou uma reunião entre os líderes parlamentares e, várias conversas depois do encontro, a troca de papéis ainda não permitiu o acordo, como por exemplo, na forma de se obter os meios de provas. Por outro lado, a reforma intercalar do Código de Processo Penal, já anunciada pela ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, com alterações tanto aos prazos de prescrição como às medidas de coacção, pesará no prato da balança das negociações. A ministra da Justiça, recorde-se, foi a grande defensora da criminalização abranger todos os cidadãos.