A agência de ‘rating’ explica, num comunicado, que os cortes na avaliação da CP (Comboios de Portugal) e da REFER (Rede Ferroviária Nacional) devem-se ao facto do anúncio do Governo sobre a intenção de avançar com uma reestruturação profunda do Sector Empresarial do Estado (SEE).
A Moody’s esclarece que, apesar de considerar que este plano pode se positivo a longo prazo, “existem riscos associados à sua implementação no curto prazo”, referindo que durante o tempo em que as mudanças estarão a ser implementadas os actuais credores terão de ser convencidos a manter o financiamento a estas empresas (e ao SEE), que têm um significado de dívida.
A agência admite que as empresas em questão têm conseguido refinanciar a sua dívida de curto prazo e beneficiaram do apoio do Estado, porém têm o maior volume de dívidas a expirar nos próximos 12 meses, o que deixa as empresas vulneráveis a desenvolvimentos negativos. A descida na avaliação foi de apenas um nível porque a agência espera que os bancos estendam a maturidade da dívida das duas empresas.
A notação da dívida da Parpublica e da RTP mantém-se igual porque a avaliação da agência aponta para um menor risco de liquidez.