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Patrão da Ryanair admite "bagunça" criada com cancelamento de voos

Michael O'Leary preferiu cancelar 2% dos voos a ter atrasos em 40% deles.

18 de setembro de 2017 às 18:07

O patrão da Ryanair, Michael O'Leary admitiu esta segunda feira que a empresa está viver um momento de "confusão" por causa da falta de pilotos que levaram a companhia aérea a cancelar milhares de voos.

A empresa anuncia que está a preparar o pagamento de 20 milhões de euros em compensações para as dezenas de milhar de passageiros afetados.

"Isto é, claramente, uma bagunça, eu assumo a responsabilidade pela bagunça e tenho de a resolver. Peço desculpa em nome da Ryanair. Digo que temos de pôr as nossas mãos no ar, que é o que fazemos quando nos metemos numa bagunça", disse O'Leary numa conferência de imprensa, citado pela Reuters.

A Ryanair diz que os cancelamentos se devem a vários fatores: problemas na marcação das férias dos funcionários, greves dos controladores aéreos e mau tempo.

Numa conferência de imprensa realizada em Dublin, sede da companhia aérea, O'Leary pediu desculpas aos milhares de passageiros que serão afetados por esta medida, mas insistiu que apenas serão afetados 2% de todos os voos da companhia, líder na Europa no setor 'low cost' (baixo custo).

"Não temos falta de pilotos. Houve uma falha na distribuição das férias e não temos uma reserva de pessoal suficiente para enfrentar os transtornos sofridos, como os provocados por controladores ou pela climatologia", explicou o dirigente.

Segundo O'Leary, faltam pilotos e pessoal de cabine para substituir os que estão de férias em setembro e outubro ou para substituir as equipas de voo que ficam retidas, como aconteceu em Barcelona no passado fim de semana, devido a "uma tempestade".

Golpe na reputação

O CEO garante que os cancelamentos não se vão repetir em 2018, mas admite um "golpe na reputação" que pode afetar a marcação de viagens em Barcelona, Bruxelas, Lisboa, Madrid, Milão e Roma

"Terei eu prejudicado a reputação da Ryanair com estes cancelamentos? sim, mas prefiro prejudicar a reputação da Ryanair ao cancelar 2% dos voos do que ter atrasos significativos em 40% deles", explicou O 'Leary sobre a decisão.

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