Na altura, o pesqueiro estava apenas 150 metros dentro da zona pesqueira canadiana. O capitão do barco, José Taveira da Mota, foi algemado, após uma operação "aparatosa" com a entrada de seis militares no barco, que foi seguido até ao porto de St.John´s, na Terra Nova, por duas outras embarcações e acompanhado por um avião.
O armador do barco pagou 10 mil dólares para libertar o capitão do barco, desconhecendo ainda o valor que as autoridades pedem para soltar a embarcação detida.
MINISTRO CONSIDERA EXCESSIVO
O ministro da Agricultura e Pescas, Jaime Silva, considerou hoje excessiva e injustificável o apresamento da embarcação portuguesa "Santa Mafalda" .
"Esperamos que as autoridades canadianas actuem em conformidade com o que tem sido a boa colaboração entre as duas partes", disse o ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas aos jornalistas, em Bruxelas.
Jaime Silva também acha estranho ter estado reunido com o embaixador do Canadá em Lisboa há duas semanas e este não lhe ter comunicado a existência de qualquer problema.
PROTESTO IBÉRICO
As associações de armadores de pescas portuguesas e espanholas reúnem-se hoje, na Gafanha da Nazaré, para manifestar a uma só voz a “estranheza” pelo que se passou com o ‘Santa Mafalda’ e fazer uma denúncia conjunta “das verdadeiras intenções dos canadianos”. Esta posição segue-se a uma declaração pública do ministro da Agricultura e Pescas, Jaime Silva, que ontem considerou excessivo e injustificável o apresamento, até porque se trata de uma alegada infracção de 2003. “Esperamos que as autoridades canadianas actuem em conformidade com o que tem sido a boa colaboração entre as suas partes”, refere o governante, lembrando que ainda há duas semanas esteve reunido com o embaixador do Canadá em Lisboa e este não lhe comunicou a existência de qualquer problema.
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