"Quem, por esta ordem, for capaz de manter lucros, salários e pensões vai ter de contribuir. Vai ter de contribuir pesadamente e com progressividade", salienta o professor universitário, deixando claro que não quer ver lucros ou rendimentos a baixar, antes pelo contrário, para que possam contribuir para um esforço de solidariedade, de partilha da austeridade.
"É evidente que não se pode pedir a quem tem uma pensão mínima ou um salário mínimo esse esforço, mas consideraria repugnante que, quando terminar a fase de negação que estamos a atravessar, no momento próprio, mais cedo do que tarde, os rendimentos que sobreviverem não sejam chamados a pagar a sua parte", explica o antigo ministro da Economia no governo socialista liderado por António Guterres.