"A resposta está a ser preparada. É evidente que uma coisa está clara: não vamos reconhecer limite algum", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, na sua conferência de imprensa diária telefone.
Peskov acrescentou que tanto o limite de preço quanto o embargo europeu ao fornecimento de petróleo russo por navio, que também entrou em vigor esta segunda-feira, mudarão o mercado.
"É evidente e indiscutível que a adoção dessas decisões é um passo para a desestabilização do mercado energético mundial", enfatizou o porta-voz.
O responsável russo referiu ainda que todos os países se devem preparar para novos aumentos de preços.
Peskov disse que essas restrições não afetarão a campanha militar russa na Ucrânia, já que a Rússia tem reservas suficientes para combatê-las.
"A economia russa tem potencial suficiente para cobrir todas as necessidades da operação militar", como a Rússia intitula a campanha de guerra na Ucrânia, afirmou.
O porta-voz da Presidência russa sublinhou que as sanções impostas à Rússia "não afetam criticamente" o país e que "a economia adaptou-se".
"Certos problemas surgem naturalmente devido às sanções (...). Os especialistas veem perfeitamente o processo de adaptação da economia russa a essas condições, negar isso seria pouco profissional", acrescentou.
Os países do G7, juntamente com a Austrália, concordaram na sexta-feira com um limite de preço de 60 dólares (cerca de 57 euros) por barril para o petróleo russo, após um acordo alcançado pelos 27 Estados-membros da União Europeia.
O Governo russo acusou o Ocidente no sábado de reformular por sua própria conta e risco, e de forma "perigosa e ilegítima", os princípios do livre mercado ao estabelecer um limite de 60 dólares para o petróleo da Rússia.