As novas tabelas do IRS passam a vigorar a partir de 1 de julho e contrariando o que o Governo tem dito, há um grupo de trabalhadores que não beneficiará com o alívio na retenção na fonte, aliás, será até prejudicados, avança esta sexta-feira o Diário de Notícias (DN).
Trabalhadores solteiros que têm um filho com grau de deficiência superior aos 60% e que auferem acima de 1118 euros por mês, inclusive, passam a descontar mais, o que levará à diminuição do salário líquido, alertou a Deco Proteste.
O DN avança ainda que, com a manutenção das novas tabelas, este grupo de trabalhadores poderá perder entre um euro por mês, para trabalhadores cujo salário bruto é de 1118 euros e 161 euros para trabalhadores que aufiram oito mil euros mensais.
Uma das principais justificações para o agravamento da retenção prende-se com o peso que as Finanças atribuem ao dependente portador de deficiência. De acordo com o DN, até junho deste ano, um filho com grau de deficiência superior a 60% equivalia, em termos fiscais, a cinco filhos não deficientes. A partir do próximo mês, esse mesmo filho passará a equivaler a apenas 3,5 filhos, o que aumentará a retenção, uma vez que, quantos mais filhos um trabalhador tenha, maior será a abrangência de isenção e menores são os descontos.